27 janeiro, 2013

mesmo como eu gosto

A minha mãe roubou os meus Ray Ban do corazon. Mas ficam-lhe tão bem que não tive coragem de lhos tirar. Voltei a uns Vogue velhinhos que em nada têm a ver comigo, apesar de me ficarem bem (dizem). Hoje fui à M., minha optometrista preferida, para tratar do assunto. Vieram estes embora, por uma pechicha, mesmo como eu gosto. Custou-me não trazer uns Ray Ban tartaruga (oh, como gosto dos meninos!), mas estes são qualquer coisa de diferente... mesmo como eu gosto.

Venha o sol para festejar!

25 janeiro, 2013

título escolhido nos sonhos

"O teu rosto será o último" é um livro mais complexo do que parece. Leitura fácil, mas deve ter sido difícil de escrever. Em pouco mais de 200 páginas são muitos os elementos que compõem a história: Piano. Iceberg. Olho de vidro. Quadro. Cartas. Ciclismo. Porto. Aldeia com nome de mamífero perto do Fundão. Viena. Buenos Aires. Lisboa. E tudo ligado. Entre as pausas dos dias facilmente me situava.

"O teu rosto será o último" é um livro mais denso do que parece. Pelo menos assim o senti. O Celestino é assassinado. O Índio aparece morto. O Policarpo, o das cartas, morre. O avô morre já depois de meses de dormência. A mãe morre. Antes disso, conta-lhe que o outro avô (seu pai) é morto por causa da política e a avô foi atropelada por um eléctrico. Onze dias depois da morte da mãe, o pai mata-se. Fica o Duarte e uma história incompleta. 

Quando acabei o livro fiquei inquieta também com o título (logo eu, que tenho sempre problemas com títulos). O que é que tem a ver com a história? Procurei na internet entrevistas do autor, na tentativa de obter uma resposta para esta pergunta. Resume-se a sonhos. Segundo o autor, esta frase "o teu rosto será o último" apareceu-lhe em sonhos e assim ficou, assim decidiu. Demorei-me a pensar no assunto. Para mim tinha de haver um sentido maior. E esta noite, numa insónia, como há muito não tinha, encontrei a resposta: o último rosto é o do Duarte. Porque é quem fica na história e quem a continua. 

Para quem pensa que este é um romance igual a tantos outros, desengane-se. É complexo e denso. E o João Ricardo Pedro soube dar ainda uma simplicidade à escrita. Nas descrições (as compras do supermercado), nas repetições (Laura, Laura, Laura) e noutras coisas que acabam por surpreender quem lê este livro com título escolhido nos sonhos.

24 janeiro, 2013

Os dias passam e todos os dias escrevo. E quanto mais escrevo, parece que mais tenho de escrever. É a tese, se não a tese é o artigo, se não é o artigo é o relatório de dados. E escrevo, escrevo, escrevo. Todos os dias escrevo. E quanto mais escrevo, parece que mais tenho de escrever.

22 janeiro, 2013

coisas que a Dianinha quer # 14

Sou muito conservadora no que diz respeito a livros. Até gosto mais de livros usados do que novos, porque imagino as histórias para além da história que já está escrita. Sou uma romântica, nada a fazer. Gosto de folhear, mexer nas páginas, ler as últimas linhas antes de começar a primeira, guardar o livro na estante assim que o acabo e ver estas estantes cada vez mais cheias, entupidas e insustentáveis.

No entanto, confesso que o meu lado geek anda a tentar-me para o pecado. A menina quer um Kindle! Até parece que estou a pedir um ovo de chocolate, mas não. Quero aquela maquineta onde cabem miles de livros lá dentro. Encanta-me sobretudo para os livros técnicos (tirava quilos à minha tralha diária). Encanta-me o preço a que os livros ficam. Só o preço da maquineta é que não me encanta. Mas pronto, aqui no blog posso pedir o que eu quiser, pois é?



20 janeiro, 2013

Yes, Wake Up

Domingo. Durmo mais do que nos outros dias porque não tenho despertador.
Mas sei que tenho para fazer o mesmo que nos outros dias - ler e escrever o capítulo 3. 
Mas dias de escrita sabem melhor com chuva lá fora.

 

19 janeiro, 2013

a tese vem aí # 2

Sobre as leituras e a escrita: 

Começamos o doutoramento com leituras e escreve-se a proposta. Continuamos as leituras para construir instrumentos, para escrever artigos, para compreender os dados. Até que começamos a escrever a tese e as leituras têm de ser mais profundas. Visitas mais frequentes à biblioteca e, felizmente, o nosso planfond é ilimitado para a requisição de livros.

O início da escrita de um capítulo não é simples (pelo menos para mim). Tenho de ter tudo estruturado, saber o que vou escrever, ter os tópicos em papel, maturar as ideias e os conceitos na minha cabeça, para depois começar efetivamente a escrever. Acaba por ser um processo demorado, mas é assim que funciono. Quando estou mergulhada na escrita consigo compreender o que falta, o que está a mais. Retiro seções, acrescento outras, o que implica ir buscar mais livros, fazer novas leituras e recomeçar o processo. E quando damos por ela o capítulo parece não ter fim, mas está melhor do que quando começamos. 

Esta é a pilha de livros que me acompanha nesta fase. Tenho até ao fim do mês para ter uma versão do capítulo que estou a escrever. Mais três focus group para fazer, um artigo para submeter e um relatório para acabar. São os meus planos ambiciosos e há quem diga irreais.




13 janeiro, 2013

Há meses que não pego num livro. Isto chega a ser contraditório quando ando de segunda a sexta com cerca de quatro, cinco livro debaixo do braço. Mas a verdade é que o último foi o "Não é meia noite quem quer" do António Lobo Antunes e meados em Novembro. Desde aí que os livros estão a ganhar pó na estante e ler faz-me falta, muita falta. Por isso, entre a escrita da tese e o sono que me consome (que raio se passa comigo?), tenho de recomeçar as minhas leituras, até porque estão a sair uns tantos livros que eu também quero ler. Aliás, quero ler todos os livros do mundo, já tinha dito?

Então, hoje começo o livro do João Ricardo Pedro.

Com a tese para escrever posso acabar de ler só lá para Agosto, mas não faz mal; o que importa é estar a acompanhar uma história todas as noites.

11 janeiro, 2013

não se fala da mala da Chanel

Eu confesso que a coisa me andava a passar ao lado, porque polémicas dessas cansam-me as sinapses (e eu tenho uma tese para escrever). Mas agora deu-me um momento de preguiça e reparei que só se fala do caso da mala da Chanel. Apresentam argumentos, pontos de vista, perspetivas e depois voltam os contra-argumentos e a coisa está num reboliço que as minhas sinapses congelaram de estupefação. Até o Miguel Esteves Cardoso gastou energia com o assunto. Isto deixou-me a pensar que se calhar o caso merecia alguma atenção e lá fui à procura de mais informação. Não, não merece (isto na minha humilde opinião).

A questão que me faz escrever sobre isto não é a moça querer a mala da Chanel, nem as pessoas que libertam a sua opinião sobre o assunto - acho bem porque a liberdade de expressão é para isso mesmo. Mas, caramba! Temos um país a ir-nos ao bolso descaradamente, que todos os dias a oportunidade que nos dá é lançar-nos para fora daqui, com um Sistema Nacional de Saúde que me tira a vontade de jantar (alguém viu a reportagem da RTP ontem à noite?); duas mulheres curdas são assassinadas, as violações na Índia, a Austrália num cenário de inferno ... e poderia continuar. Mas sobre isto não há posts dos bloguers do momento? Pois, estes são assuntos chatos e ninguém quer escrever sobre isto; mais! ninguém quer ler sobre isto. Já chega nas notícias, estamos todos saturados. Mas quando se trata de uma mala de Chanel, sobre isso sim, vale a pena falar e dar a opinião.


05 janeiro, 2013

a tese vem aí # 1

Agora é que é! Não há volta à dar. Cá para dentro (bem para dentro), já pensei: porquê, porquê? Porque raio me meti nisto? A menina não quer. Mentira. Quero muito. Mais do que adorar este trabalho, acredito neste projeto. Quando olho para os dados, a minha cabeça começa logo a fazer ligações entre X Y e Z e, se me deixarem, sou capaz de estar horas a falar sobre isto. Por isso, quero muito escrever. Só que dá-se-me também uns tremeliques, entre o receio e a ansiedade do resultado final.

É certo que já tenho capítulos adiantados, por isso, escrever para a tese não é novidade. O que é novidade é que a partir de agora até ao ano que vem terá de ser todos os dias (ou quase). Não é uma emoção? Uh Uh. 

Portanto, a tese vem aí e com ela pensatempos para ir respirando, de quando em quando.

02 janeiro, 2013

as certezas em 2013

janeiro - escrever a tese
fevereiro - escrever a tese
março - escrever a tese
abril - escrever a tese
maio - escrever a tese [e casamentos ... uh uh]
junho - escrever a tese
julho - escrever a tese
agosto - escrever a tese
setembro - escrever a tese
outubro - escrever a tese
novembro - escrever a tese
dezembro - acabar a tese e preparar para a entregar


É. É basicamente isto.
O resto será tudo novidade.