30 maio, 2010

Soube bem. Muito bem.

Dormir no comboio. Voltinha no Chiado, entre ruas grandes e ruas pequeninas. Frapuccino no sofá e sentirmos que momentos daqueles deveriam acontecer todas as semanas (sim, porque nós investigadores precisamos destas coisas para conseguirmos pensar). No Metro aquela gritaria adolescente que me fez dizer "eu não era assim". Chegar à cidade do Rock e mandar sms a perguntar se ele estava em casa. Voltas e voltinhas pelo recinto. Beber. Alapar no chão. Beber. Escrever no azulejo. Beber. Ir buscar pizza. Alapar no chão. Beber. Alapar no chão. Beber. Xutos e cantar como se gostasse muito. Beber. Beber outra vez. Um brinde com um alemão. Alapar no chão. O senhor que não sabia dos amigos (tipo o outro no Enterro à procura da Rute e do Adérito) e que se tinha casado duas vezes e que tinha um filho e que gostava muito das pessoas do Norte e que gostava muito da família e coisa e tal. Beber. Fotos e retratos. Beber. Vento. Tirar o lenço. Tirar os brincos. Beber. MUSE! Ir para o meio da multidão. Saltar. Cantar. Mandar beijinhos. Saltar. Gritar. Acabou. Perceber que estou sem voz. Comer. Beber. Expulsos do chão. Estar com o senhor da cidade. Apanhar o metro. Apanhar o comboio. Dormir até ao Porto. Apanhar outro comboio. Dormir até Famalicão. Chegar a casa. Tomar banho e um pequeno almoço com reforço de cafeína. Trabalhar. Final do dia bom, com mais um café.

Obs. Não contabilizamos quantos litros de cerveja foram ingeridos, mas ultrapassei os míticos 1,2.
Soube bem. Muito bem.

26 maio, 2010

Inverter o dia

Depois de ter acordado contrariada, com vontade de trazer a almofada para o trabalho; depois de nem sequer ter conseguido pôr as lentes de contacto por ter os olhos inchados como sintoma das poucas horas de sono; depois de não saber o que vestir porque estava calor, apesar de estar a chover; depois de ter ido buscar os meus exames e de ter de marcar uma consulta no ortopedista; depois de chegar a Braga e não ter onde estacionar; depois de ter uma lista infinita com coisas para fazer...


Preciso das coisas boas!


- uma frase repetida num mesmo lugar

- o marcador de livros que a minha orientadora me trouxe da Jordânia

- um email com mais um projecto de trabalho

- a contagem decrescente para o Rock in Rio (ainda não estou muito em mim)

- aterrar no sofá ao chegar a casa (ah soninho bom...)

- cerejas de sobremesa

- as palhaçadas ao telefone com a mana maravilha

- música boa agora enquanto trabalho


E isto chega-me.

24 maio, 2010

Faltam cinco dias para acabarem:

os telefonemas de todo o país e a toda a hora;
as perguntas que me deixam sem saber o que dizer (esta está no meu top: como se envia um comprovativo de pagamento se sai pelo multibanco?);
e as actualizações àquele ficheiro de excel que parece não ter fim.

E nestes cinco dias é trabalhar e trabalhar e trabalhar, para que sábado à noite eu possa dizer: foi o melhor de sempre.

23 maio, 2010

Cheira a Verão quando...

deixo o cabelo secar ao natural.
aos fins-de-semana se come camarão, sardinhas, santola, sapateira, mexilhão, ameijoas, caracóis e coisa e tal.
a cerveja fresquinha sabe ainda melhor.
as janelas ao fim do dia estão abertas.
os mergulhos são mais frequentes e os banhos de mangueira também.
não é preciso justificações para comer gelados.
ando descalça mas sem meias.
fico com dificuldade em escolher a sobremesa: melancia, cerejas, morangos, melão.
sabe bem estar na varanda à noite.
dou por mim a escolher limonada para beber ao almoço.

Cheira a Verão. Bem bom.

22 maio, 2010

Mensagem da Mana que está no Rock in Rio:

"Mana maravilha isto é um mundo, só faltas mesmo tu!"

Pois, mas não a mana e o cunhado preferido não viram a final da Champions e eu vi, não comeram um queijo de cabra 'petacular que o papi trouxe e eu comi, não adormeceram deitados na relva e eu adormeci, não estiveram de papo para o ar a ler o jornal e eu estive, não deram mergulhos e eu dei miles deles ... ah pois é!

(tenho aprendido como se invertem as situações)

Eu que nem vejo novelas

O ambiente do mestrado tem aspecto de uma autêntica novela. Há enredo, drama e lágrimas... só falta sangue, mas tenho para mim que não deve demorar muito.

Um diz mata, o outro esfola.
Um grita, o outro grita mais alto.
Um diz que sim, o outro também, mas depois já diz que não.
Um amua, o outro ri-se.
Um tira boas notas, o outro não gosta.
Um quer fazer muito e bem, o outro não acha piada porque dá trabalho.

Eu que nem vejo novelas estou mesmo a ver o último episódio: quando chegar o momento de avaliar os trabalhos uns dos outros, acho que vai haver sangue. Tenho dito.

21 maio, 2010

Ah! E hoje ...

... ao rever um artigo fiquei com a certeza que há pessoas que são piores do que eu a escrever títulos (o que me consola de alguma forma).

20 maio, 2010

E hoje foi assim.

Hoje pus a língua de fora ao despertador.
Hoje demorei muito tempo para conseguir abrir os olhos.
Hoje ainda tinha tempo para tomar um café antes da reunião.
Hoje senti o quanto é bom conduzir um carro lavadinho e direitinho.
Hoje disseram-me que estou com um "ar de trabalho".
Hoje não comi um gelado.
Hoje fechei os olhos.
Hoje disse "a menina não quer".
Hoje até gritei quando a N. descobriu a contractura que pelos vistos tenho no pescoço (isto aliado à tendinite leva-me a crer que estou um caquinho).
Hoje descobri que o meu sítio preferido em casa é o último degrau das escadas.
Hoje vi uma lagartixa.
Hoje comi pêssegos.
Hoje usei um gel de banho novo.
Hoje fui buscar as havaianas.
Hoje soube que a mana maravilha tem um poema meu de quando tinha seis anos (!).
Hoje não vou trabalhar até tão tarde.
Hoje vou dormir com vontade de um adormecer perfeito.

E hoje foi assim.

19 maio, 2010

O grilo 'tá tão sogadito hoje, que até fui espreitar ... a ver se ainda "respirava".

18 maio, 2010

Aos senhores da MEO...

... as minhas desculpas. Pela minha impaciência e tom de voz ligeiramente alterado.

Mas teve de ser porque:

- o raio da televisão não ligava
- desliga box, desliga router, volta a ligar (isto do escritório para a cozinha, da cozinha para o escritório)
- esperar .....
- a chamada vai abaixo
- repetir a situação toda ao colaborador seguinte
- repetir a lengalenga (nº de telefone, titular de conta e coisa e tal)
- desliga box, desliga router, voltar a ligar
- esperar .....
- verificação da linha
- reset ao router
- esperar .....
- voltar a ligar
- as luzinhas não acendem? pois não!
- a chamada vai abaixo

(momento em que me sai uma palavra feia)


- repetir a situação toda ao colaborador seguinte
- repetir a lengalenga
- começo a reclamar
- peço desculpa
- continuo a reclamar
- mais 10 passos para tentar resolver a coisa (do escritório para a cozinha, da cozinha para o escritório)
- diagnóstico: amanhã o técnico passa cá em casa.

(palavras feias a transbordar da minha cabeça)

Pedi desculpa ao terceiro senhor que me atendeu, mas aos outros não tive oportunidade.
Agora que as desculpas estão dadas é favor de vir rapidinho tratar da situação, sim?
Obrigadíssimas.




Bom dia

Raramente acordo mal disposta (só quando estou doente), mesmo tendo um despertador mau e feio. Acordo sempre com serenidade, umas vezes com ritmo lento, outras vezes com ritmo acelerado. Acordo com boa disposição (pode é ser alterada ao longo do dia).
Mas há dias, como hoje, que acordo muito bem disposta, a espalhar sorrisos logo pela manhã e deveria acordar assim todos os dias. Sabe tão bem...

Gri Gri Gri

Há umas semanas atrás estávamos todas na chamada casa brilhante, quando as minhas irmãs mais novas se lembraram de ir para o jardim apanhar um grilo para oferecer à mami. A ideia até foi nossa, das irmãs mais velhas, porque nos fez lembrar o nosso tempo de pequeninas, em que no quintal da Avó apanhávamos bichos e fazíamos lama para fazer "bolinhos de chocolate" e jogávamos à bola na rua e andávamos de bicicleta pelo pátio fora e comíamos aqueles morangos como nunca mais comi em lugar algum. Sim, também apanhávamos grilos e depois a mami comprava umas gaiolas giras para os pôr lá em casa (lembro-me particularmente de uma cor-de-rosa que depois do grilo morrer ficou na dispensa durante anos, acho que até mudarmos de casa).

O grilo cá está, para alegria das irmãs mais novas que deliram com ele mas ... canta que s' farta! Até chateia! No início nem se manifestava muito, até me assustava quando ele começava com aqueles gris gris todos seguidos, mas agora, que pensa que é da casa, não se cala e eu a estas horas, enquanto tento ler um relatório do Eurostat, lá tenho de ouvir sonoros gris gris gris (!).


Obs. Estou para aqui a queixar-me porque não tive um dia famoso e precisava de me queixar de "alguém".
Antes levar o grilo por tabela do que outra "pessoa" qualquer.


17 maio, 2010

A Mafalda é que sabe


Deitar tarde. Acordar cedo.
Almoçar tarde. Tomar café no alpendre e lá longe ouve-se o farol.
Dormitar no sofá. Acordar.
Final da tarde.
Pegar na manta e dormitar no sofá. Acordar.
Tomar um banho. Comer um iogurte com cereais.
Ver o Tigerman pela segunda vez esta semana, mas agora na televisão.

E agora que deveria dormitar ... nada.
(quero um adormecer perfeito)

15 maio, 2010

Os Professores

Sempre gostei muito de professores. Eu própria sempre tive a ideia de o ser, desde o tempo da Dianinha pequenina. Nos últimos dois meses, por questões profissionais, tenho contactado com muitos professores do ensino básico e secundário. Tenho falado com muitos ao telefone, o que se tem revelado um verdadeiro desespero, sobretudo quando me ligam às oito e meia da manhã (!). Às vezes o absurdo é de tal ordem que nem sei o que dizer. Depois, nas aulas do mestrado, em que eu sou a única não professora, assisto a situações que me deixam também sem saber o que dizer (como, por exemplo, o Professor perguntar o que é o Calvinismo e ninguém saber, obrigando-me a mim a ter de abrir a boca depois de ter decidido que não ia falar mais naquelas aulas porque esse mesmo Professor não gosta que sejam feitas perguntas - deve abalar com a sua segurança ontológica).

Claro que nem todos os professores são assim. Eu trabalho com professores universitários que gostaria que tivessem sido meus professores. Eu tive professores que me fizeram descobrir o que eu gostava de fazer, aquilo em que era boa e aquilo em que podia melhorar. Eu sempre gostei muito de professores ... mas estas situações que ultimamente me têm acontecido deixaram-me a pensar no porquê deste meu fascínio pelos professores. Hoje percebi.

Todos os sábados, no intervalo da aula, vou tomar o segundo pequeno-almoço do dia (é o que dá ter de acordar cedo) com quatro professoras. Tornou-se um hábito apreciado pelas cinco, talvez pelas conversas que acabam por acontecer. Hoje foi claro para mim que as nossas conversas são sobretudo histórias. E é isso que me fascina nos professores: (alguns) são autênticos contadores de histórias. E eu gosto que me contem histórias. Gosto muito.

[não sei escrever títulos fixes]

Nos últimos dias cortei o cabelo, perdi a noção das horas, descobri que tenho uma tendinite "muito jeitosinha" no ombro esquerdo, deixei de respirar, voltei a respirar, marquei a revisão para o carro (finalmente!), marquei a viagem para Barcelona, aceitei um convite, perdi um concerto mas vi outra vez o Tigerman e gostei muito, vi o Kusturica e adorei, descobri o meu chá preferido, falei muito, muito, muito (até me mandam calar), recusei uma proposta de trabalho.

Portanto, até nem posso dizer que a minha vida é um tédio ...

10 maio, 2010

Preciso de desabafar

O Queiroz só inventa. Vamos para o Mundial com um exército de defesas, como se fosse uma guerra. Não vou falar dos que ficaram de fora (sobretudo os jogadores do Benfica, mas também o João Moutinho, por exemplo).

Eu até sou uma miúda optimista mas ... não consigo acreditar que vamos passar a 1ª fase.
No entanto, se a coisa resultar sou a primeira a deixar cá beijinho ao Queiroz. Agora, se não resultar vai ser a primeira vez que escrevo neste blogue um palavrão. Tenho dito.

Na pré-época fiquei com esperança.
Em Dezembro com a certeza que poderíamos ganhar o campeonato.
Ontem concretizou-se.
E mai nada!

BENFICA

08 maio, 2010

Diz que é uma espécie de finalistas

Hoje a Universidade estava um verdadeiro pandemónio, como é típico neste dia. São tricórnios coloridos, flores, capas negras, sorrisos e lágrimas, fotografias, as famílias em comitivas, gravatas e coisa e tal. Hoje estava enfiada numa sala enquanto tudo isto estava a acontecer. Mas há três anos era eu que estava com o traje gasto pelo tempo, com o casaco cheio de pin's, com o tricórnio laranja na cabeça (que mais parecia um pirilampo!), a tirar montes de fotografias, a aparecer em montes de fotografias, a dar beijinhos e abraços a toda a gente (num houve cá choradeira) e ansiosa que chegasse o fim do dia para tirar aqueles sapatos e calçar umas sapatilhas. Foi bonito. Por isso é que hoje bateu a saudade.

O Enterro de 2007 ficou marcado, por sermos uma espécie de finalistas (porque ainda tínhamos um ano de estágio para fazer) e pelos acontecimentos dos dias que se seguiram ...

* as bebidas noite após noite nos copos amarelos
* o carrinho do Feira Nova que adoptámos e levámos para a varanda
* o banho no cortejo
* um jantar com toda a gente e com mais copos
* as conversas profundas na varanda
* o Santoinho com água ardente caseirinha e com formigas
* ...

Foi assim na minha altura e só espero que os de hoje possam daqui a uns anos olhar para trás e sentir as saudades boas que agora sinto por terem sido momentos que só acontecem uma vez.


05 maio, 2010

Às vezes é assim

Às vezes, acontecem coisas que nos fazem pensar que a vida é uma porcaria (acho que um palavrão ficaria aqui bem melhor, mas não sou miúda de palavrões).

Às vezes, a vida pode ser mesmo uma porcaria e esquece-mo-nos disso com frequência. Achamos que só acontece aos outros. Até que um dia os outros são alguém muito próximo de nós.

Às vezes, a vida pode ser mesmo uma porcaria. E hoje disse isto muitas vezes.

Por isso é que descobrir a Edite no rádio e um telefonema que me faz estalar os dedos é capaz de dar brilho à minha vida... o brilho suficiente para sentir que o que vivo vale a pena só por estar a ser vivido.

02 maio, 2010

O Benfica perdeu contra os mafiosos ... E depois?

Benficaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

Aguenta.