25 fevereiro, 2010

Quando ele chegou a minha casa há mais de 14 anos disse à minha mãe para voltar a levá-lo à amiga que o tinha dado. Bati o pé, disse que não queria, que tinha medo. Mas ele ficou e eu fiquei com ele. Tinha seis meses e a antiga dona não podia ficar com ele. Chama-se Putchi (que facilmente adaptámos para Pusti porque não é nome em condições para um cão fofo e lindo como ele).

Durante os últimos anos demos muitos passeios, mudámos de casa, fomos de férias, andámos de carro e ele com a cabeça de fora da janela. Gritei muitas vezes por cada vez que me fugia quando abria o portão para sair de casa. Tive de inventar muitos esquemas para lhe dar comprimidos. Dei-lhe muitos banhos e penteava-lhe o pêlo enquanto admirava a sua postura vaidosa. É o primeiro a dar-me os bons dias com um olhar de preguiça. É o primeiro a desfazer-se em alegria ao ver-me chegar a casa ao fim do dia. Delira com a campainha toca e com o cheiro de castanhas assadas. Vem a correr para a minha beira quando ouve a minha mãe a chamar por ele (é porque fez asneira!).

Com o tempo deixou de dormir aos meus pés porque já não conseguia subir para a cama. Comprámos uma alcofa azul e branca, onde a Ni se senta com ele a dar-lhe mimos e a fazer-lhe penteados. Deixou de comer com a mesma vontade. Deixou de fugir lá para fora quando eu abria o portão para sair de casa. Deixou de subir para o meu colo quando estava sentada no sofá. Deixou de ladrar cada vez que ouvia o cão do vizinho a ladrar. Deixou de conseguir subir as escadas. Deixou de ver quando o via a bater com a cabeça na porta. E depois de mais de 14 anos tive de me encher de coragem e levá-lo hoje ao veterinário. Fiquei com ele até adormecer, a fazer-lhe festinhas debaixo do focinho e ele a lamber-me a mão, a encher-me de beijinhos talvez por eu estar a chorar. Até que chegou o momento em que tive de o deixar. Ele ficou e uma parte de mim ficou com ele.

24 fevereiro, 2010

Uma música que se tornou especial a partir de HOJE.




Aquele obrigada assim muito grande.

19 fevereiro, 2010

Na semana que passa

Não me mascarei mas descansei. Vi a Anatomia de Grey e chorei muito porque o George morreu. Andámos à chuva e bebemos chá de menta. Também bebemos sangria. Comprei alfinetes novos, giros e com pinta para as minhas camisolas. Tirei retratos. Partilhámos Ben & Jerry's. Comi 1/3 de um pastel de nata. Acabei um livro, comecei outro que entretanto acabei e já comecei outro. Mudei de champoo. Ao ler a Exame entornei, em local público, um compal de frutos vermelhos em cima (nada bonito de se ver porque a cor sugere qualquer coisa como vinho tinto, pelo que ouvi comentários neste sentido). Tirei uma nota muito jeitosa no teste de Gestão de Projectos. Já preparei a minha última sessão de formação. Tomei um pequeno-almoço de negócios com o meu melhor amigo. Soube que um artigo para uma conferência foi rejeitado. Começamos com as reuniões para o PAEE2010 (Project Approaches in Engineering Education), este ano em Barcelona. Contribuí para uns sorrisos das vedetas. Uma das vedetas deu-me uma informação que me deu esperança. Outra das vedetas arranjou-me um bilhete para ir ver Gotan Project (yupiiiiiiii). Tive com um bebé ao colo e deliciei-me com aquele cheiro que só os bebés conseguem ter. Não pus os pés no ginásio. Apaixonei-me pela Emilíana Torrini. Ainda não estive com a minha irmã e tenho saudades. Uma frase que alguém tem no msn mexeu comigo - "Só o que sonhamos é o que verdadeiramente somos".

18 fevereiro, 2010

17 fevereiro, 2010

Alice in Wonderland


Ando assim para o ansiosa e para o histérica para ver este filme.
E num me venham dizer que está quase porque fico ainda mais ansiosa e histérica.
Dianinha quer.

Update

O único Carnaval que me lembro de ter falhado (porque em Famalicão é mesmo um petáculo!), foi o do ano passado porque estive doente. E este por precisar de actualizar a minha alma. A partir de Domingo (porque no Sábado ainda estive a trabalhar) foi só comer, dormir, ler, tirar fotografias e ver séries (incluindo a final dos Ídolos!). Uma maravilha!
Acabei "A Insustentável Leveza do Ser" do Milan Kundera e fiquei a pensar como é que é possível que só tenha lido este livro agora (!) É qualquer coisa de extraordinário minha gente. Ainda li o "Caim" do Saramago assim num instantinho. É um livro que tem que se lhe diga. E ainda vi quatro episódios da nova temporada da Anatomia de Grey. Logo no início do primeiro episódio chorei como se não houvesse amanhã. As lágrimas escorriam-me até ao pescoço... e eram tantas mas tantas que tinha de as limpar com as mangas do meu casaco quentinho, fofinho e giro da Mafalda. Já passava das duas da manhã e eu ainda chorava. Nada bonito de se ver, dando margem a gargalhadas por indivíduos que comem por "distracção" os meus pastéis de nata.

Agora preciso de férias para continuar este update. Começar a ler "O Tambor de Lata" de Gunter Grass, ver os outros episódios da Anatomia de Grey e tudo o que ainda tenho guardado no disco como um tesouro para ver ... Lost, Simpsons, Flashforward. Para ouvir, o novo álbum dos Muse.

É fácil fazerem-me feliz.

11 fevereiro, 2010

Dilema # 5

Na terça-feira ou era o workshop de fotografia na Fnac ou era o jogo do Benfica. Confesso que ainda ponderei, hesitei mas ... fui para o workshop a mais a minha bebé, obviamente com a garantia de que iria ter relatórios do jogo todo.

(podia aqui falar do quão mal os verdes andam, das goleadas e de quem se lembra de comprar uma gamebox nesta época mas ainda corro o risco de ser insultada no meu próprio blogue. Portanto, adiante...)

Apesar de ter sido promovido pela Canon - informação que desconhecia, por isso é que nem tirei a bebé da mala, para não ter uma crise de identidade - o workshop foi muito bom. Muito bom porque o formador era muito bom. Poderia transcrever aqui todas as frases fantásticas que disse durante a sessão e que eu escrevi no meu bloco entre aspas. Mas vou dizer mais do que isso. Vejam antes o que este senhor faz:

http://www.ricardodias.net



Ao fim das três horas fiquei a saber que não sei tirar retratos mas com a certeza que quero aprender a fazê-lo. E quando eu for grande vou tirar um retrato tão bom que até vou pôr aqui no blogue.

10 fevereiro, 2010

O meu melhor amigo

Há um ano atrás, com este mesmo título, neste mesmo dia, falei aqui dele.
Este ano volto não só com palavras, mas com uma música que traz histórias antigas que não deixam de estar presentes.

PARABÉNS Conchinha ... [adoro quando me chamas bolacha - mas é só por seres tu!]

09 fevereiro, 2010

Coisas boas do dia

Como é certo e sabido sou uma miúda que sofre de insónias. Nesses momentos, antes de adormecer ou a tentar adormecer, mexia na minha cabeça a pensar em coisas boas que me aconteceram naquele dia. Mesmo nos dias em que me apetece ter dizer muitas palavras feias, acabo sempre por encontrar uma coisa boa. Às vezes é a coisa mais simples, como a meia de leite escura e morna que bebi ao pequeno-almoço e me soube tão bem! Parece que não, mas este é um exercício que me faz muito bem. No outro dia escrevi aqui que guardava os elogios raros na minha memória. O mesmo acontece com as coisas boas que me acontecem. Guardo-as na memória, num outro cantinho. Gigante. Porque são muitas.

Hoje foi um dia com muitas coisas boas, por isso, tenho de fazer uma lista, se não ainda me esqueço e não convém:

- a formação que voltou a correr muito bem
- comi um croissant misto, coisa que não comia há anos
- coca-cola fresquinha
- trabalhar ... que é sempre bom quando se faz o que se gosta
- novidades da vizinha de gabinete
- estar sol para poder andar com os meus óculos giros
- livros novos em cima da mesa com a chave original
- the Cure - Deluxe Edition (que emoção!) no carro - que amavelmente me emprestaram
- workshop de fotografia que me fez ter a certeza que não sei tirar retratos e que quero aprender a tirar retratos
- the Cure outra vez no carro
- comer morangos ao chegar a casa
- a Cor Preferida que telefona para me perguntar quem escreveu o "Felizmente há luar"
- e claro, o Benfica que deu quatro ao Sporting! Não pedia menos.

Coisas boas do dia.

08 fevereiro, 2010

Nada a dizer

Todaaaaa a gente fala e escreve sobre o malho do Pedro Abrunhosa. Ouvi de manhã na rádio, enquanto desesperava na fila interminável junto ao Hospital de S. João, que até há um grupo no Livro das Caras (para quem não perceber é o Facebook) sobre o dito malho do senhor em directo.

Portanto, eu não vou escrever nem dizer nada sobre assunto porque já toda a gente escreveu e disse. E porque também, lamentavelmente, não vi em directo porque estava a trabalhar para a formação de hoje que, cá entre nós, correu espectacularmente bem (estou inchada de tanto orgulho de mim própria!).

07 fevereiro, 2010

Sexta-feira eu e ela fomos jantar. E foi uma alegria porque comemos, porque bebemos, porque recordámos, porque rimos, porque confidenciámos. Chegou um momento em que ela disse ...

Esta música vai dar no meu casamento ...




E eu fico numa emoção só com estas coisas ...........

06 fevereiro, 2010

Como lidar com elogios?

Esta foi uma semana em que trabalhar à noite tinha de ser (apesar de o meu limite ser até pouco mais da 1h porque a medicação dá-me um sono, mas um sonooo. Já tinha dito, não já?). Nas pausas conversávamos, para descansar as pestanas e desviar os miolos em direcção a outro lugar. Numa dessas conversas recebi um elogio. Um elogio que pelo seu significado me deixou sem palavras. Um elogio que guardei na memória para os dias em que me apetece mandar tudo às favas. Isto foi o que senti quando recebi esse elogio. Mas ... eu não lido bem com elogios. Obviamente depende da natureza do elogio:

Há pessoas que dizem que sou linda, mas isso é porque precisam urgentemente de uma consulta de optometria. São míopes e não sabem. Há pessoas que dizem que sou inteligente, mas isso é porque não me comparam com o Steve Jobs, com o Tim Burton, entre tantas outras pessoas. Há pessoas que dizem que sou uma querida, mas isso é porque me ofereceram um gelado ou qualquer outra coisa de que gosto muito. Mas há pessoas que dizem que eu sou anormal, por gostar de pastilhas elásticas com sabor a mentol tão forte que chega aos neurónios. E eu não sei lidar com isto. Há pessoas que dizem que eu sou estranha por ser rapariga que gosta de futebol e de cerveja. E eu não sei lidar com isto. Há pessoas que dizem que estou sempre a sorrir. E eu não sei lidar com isto. Há quem diga que sou única para essa pessoa. E eu não sei lidar com isto. Há uma pessoa que me disse que tenho uma costela de engenheira. E eu não sei lidar com isto.

Eu não lido bem com elogios. Fico sem saber o que dizer. Fico corada do queixo ao couro cabeludo. Fico a pensar em como mudar de assunto. Mas guardo-os. (num cantinho porque também não são assim muitos). Depois vou buscá-los quando tem de ser.

Ultimamente tenho ido buscá-los para me aguentar a não desesperar.
(já passaram 80 dias e eu sem saber o que vai acontecer com o meu doutoramento)


04 fevereiro, 2010

Já disse que era uma miúda optimista?
Pois ... mas hoje não estou suficientemente optimista para escrever.

"If you try the best you can, the best you can is good enough"

02 fevereiro, 2010

É muito parvo!

Sabem aquela parte dos agradecimentos que aparecem nos livros, relatórios, teses e afins?
Pois bem, eu nunca tinha antes visto o meu nome, a minha pessoa, mencionado em forma de "obrigado". Apesar de saber que foi por puro interesse (para ter acesso directo ao gabinete com mais nível da universidade) confesso que fiquei assim para o emocionada.

Foi o senhor-que-se-queixa-do-barulho-dos-meus-saltos-altos.
O mesmo que hoje me chamou directamente de chata. Lapso que cairá no esquecimento depois deste momento lamechas que soube bem.