31 março, 2012

muitas voltas e rodopios

Estou há dois anos para ler este livro e aconteceu só esta semana; e apenas porque acabei por encontrá-lo por uma pechicha. Na realidade não me apetecia dar quase 18 euros (os livros são mesmo caros, caramba!) por um romance dos tempos modernos. É aquele receio de uma aproximação aos Sparks ou às nossas Margaridas. Tudo isso me faz espécie.

Mas o David Nicholls foi uma bela e simples surpresa. A estrutura do livro está muito bem conseguida. E o conteúdo do romance em si ... também. É, de fato, um romance dos tempos modernos, mas com personagens bem reais, diálogos bem reais, acontecimentos bem reais. Chega a ser divertido e também faz pensar naquilo que todas as pessoas, em algum momento e por diversas razões, já pensaram: a vida dá  muitas voltas. E eu acrescento: e muitos rodopios.

Este livro foi particularmente bom para abafar as insónias da semana. Fui intercalando a leitura com o Kerouac - que tem uma escrita que me deixa sem respirar de tão intensa, mas sobre isso falaremos daqui a uns dias - e quando dei por mim já o tinha acabado.

Para quem quer ler uma boa história, para pensar em muitas voltas e rodopios, não deixem de ler o "Um Dia". Se puderem comprem um livro com a capa original. Não sei porque é que insistem em fazer capas com imagens dos filmes ... é que estragam tudo!


29 março, 2012

Toda eu sou doutoramento. 


E para ser mesmo eu ... tenho de ser outras coisas. 

24 março, 2012

Hoje criei um plano ambicioso de trabalho. Ambicioso por ser sábado. Ambicioso pelas implicações. Ambicioso considerando o meu cansaço crónico. Mas só sei criar planos ambiciosos, sejam quais forem as variáveis.

Estou quase a cumprir (até eu estou espantada!) e já estou a pensar no que fazer a seguir.
Apetecem-me coisas, muitas coisas, uma misturada de coisas e todas as coisas ao mesmo tempo (e isto não me espanta, sou mesmo assim).

Mas acho que vou ganhar coragem para escrever o conto que anda enfiado no caderno e na cabeça.
Acho que é hoje. Acabo de decidir que é hoje. Sim, é hoje.

21 março, 2012

Há dias em que gostaria de ter mais paciência.
Há dias em que gostaria de ter mais energia.
Há dias em que gostaria de ter mais palavras. 

Hoje é um desses dias.

18 março, 2012

é um livro gigante

Quando comecei a ler "A Queda dos Gigantes" fiquei desconfiada (como sempre!) se conseguiria ou não acompanhar a história. São tantas e tantas as personagens que pensei que iria de estar constantemente a consultar o início para ver quem era quem. Nada disso. O Ken Follett impõe uma fluidez na escrita difícil de encontrar. Em cada capítulo vamos conhecendo mais as personagens e quando demos por ela, são nossas. Só por isso este livro já seria gigante. Mas há mais. A forma como a Primeira Guerra é retratada faz-nos aprender mais; diria que, numa mistura entre realidade e ficção, conhecemos os bastidores da guerra que os alemães perderam. Só por isso este livro já seria gigante. Além disso, faz-nos viajar: Londres, Berlim, São Petesburgo, Paris, Estados Unidos, Estocolmo, Moscovo... Só por isso este livro já seria gigante. 

Comecei a lê-lo em Fevereiro e deixei-o por cá quando fui para o Brasil, por causa das mais de 900 páginas (factor impeditivo para quem quer trazer livros e cajus na mala). Quando na quarta-feira lhe voltei a pegar pensei que iria ter de recomeçar, pelo menos um capítulo para trás, só para me situar. Mas não foi preciso. As personagens estavam lá e em mim, como há cerca de 20 dias atrás. Só por isso este livro já seria gigante.

Não é dos melhores livros que já li, como muitos afirmam; mas é seguramente um livro gigante.
 


16 março, 2012

palavras catitas # 3

Desconsolo. 


Fez um sucesso e tanto no Brasil, quando eu disse que era um desconsolo quando a cerveja não vem gelada:

"Dianinha, mas que palavra poética! Vou adoptar" (dito com sotaque, claro) 

14 março, 2012

idas, voltas e vontades

Estive uns dias fora. Voltei ao Brasil a trabalho. Sabe bem ir. Conheci pessoas novas, estive em sítios novos, experimentei cervejas novas e aprendi tantas coisas que cresci mais uns centímetros.

O regresso sabe bem. Ainda não há espaço para recuperar as olheiras e o cansaço. Sinto-me a trabalhar como uma borboleta irrequieta. Uma enorme vontade de ler as revistas que entretanto chegaram, de acabar as últimas 300 páginas da "Queda dos Gigantes" e de continuar o livro do Kerouac que comecei por lá. Uma vontade ainda maior de aproveitar este sol de inverno, de correr no parque, de fotografar as ruas e sentar-me a comer gelados do Spirito, de escrever o conto que está enfiado no meu caderno.

Nestes entretantos fico-me pela vontade; vou continuar a trabalhar como uma borboleta irrequieta.
O que vale é que gosto mesmo do que faço.