27 março, 2010

TOT NU*

Minha gente,

Eu, a minha bebé (para quem não sabe é a minha máquina fotográfica) e a babe Raquel vamos ali a Amesterdão costurar histórias, como dizia o Mia Couto, e voltamos 4ª feira com novidades.
Claro que aproveitamos para espiar os recém-casados que já lá andam e que dizem para levarmos roupa quentinha que parece que está frio.


* Se estiver mal a culpa é do tradutor do google.
Pelo sim, pelo não, aqui fica a nota: significa "até já" em holandês.

22 março, 2010

21 março, 2010

Casamento abençoado

E pronto. Eles lá casaram e foi mesmo uma emoção.
Não era preciso estar a chover tanto para o casamento ser abençoado. Aqueles dois foram feitos um para o outro. Só quem os conhece é que consegue perceber que isto não é exagero.

A minha borboleta estava linda, mas mesmo linda! Fiquei logo com as lágrimas nos olhos quando a abracei. Também fiquei com as lágrimas nos olhos quando a vi dançar a valsa. Também fiquei com as lágrimas nos olhos quando vi a aliança no dedo dela. Também fiquei com as lágrimas nos olhos quando vi as fotografias que tirámos. Também fiquei com as lágrimas nos olhos ao ver o filme que fizemos para ti... vah, tenho de admitir que as lágrimas saltavam-me dos olhos e escorriam-me até aos pescoço. Parecia que alguém tinha aberto uma torneira e esqueceram-se de fechar. Há momentos em que fico mesmo lamechitas...

E deste dia fica na memória:

- pela corrida no parque de estacionamento à procura do carro
- pela minha maquilhagem XPTO
- pelas flores atiradas à chuva
- pelo fato do Simão (um inédito!)
- pelas conversas de labaredas à mesa
- pelo músico que quase nos fez fugir
- pelos cafés, pelas caipirinhas e pelos bagaços
- pelo filme com retratos e banda sonora (modéstia à parte, ficou muito munito!)
- pela música que cantámos todos no fim... duas vezes!
- por dançarmos descalças
- pelos risos da Nené no carro
- ...

Acima de tudo fica na memória, por termos estado todos juntos outra vez e por ter visto a minha babe feliz!

14 março, 2010

Momentos do dia

- o Benfica que ganhou
- gelado de limão e manga
- comentários e gargalhadas



É por isso que sinto todos os dias a falta delas...

13 março, 2010

Miúda Mimada

Como não sê-lo se:

- chego à chamada casa brilhante e tenho para jantar uma paella feita pelo meu cunhado preferido e cerveja fresquinha também graças ao cunhado preferido (e aquele saco de amendoins que me puseram nas mãos!)

- enquanto levantámos a mesa (e as muitas garrafas de cerveja que bebemos) a mana maravilha me provoca as gargalhadas mais sonoras do mundo com aquele jeito espontâneo só dela

- no dia seguinte tenho de me levantar cedo para ir para a Universidade, estão 5ºC lá fora e tenho um compal de frutos vermelhos fresquinho só para mim no frigorífico

- a caminho de casa ponho o novo cd dos Muse (faixa n. 3 muito alto!)

- depois de quatro horas de aulas, chego a casa para almoçar e recebo abraços que esmagam e beijinhos que não acabam das manas mais novas

- vejo na minha secretária cartas escritas por elas, em folhinhas que cheiram bem, corações com meu nome escrito lá dentro, estrelas que dizem "amo-te", tudo pintado direitinho dentro dos limites e com muitas cores, tal como eu gosto

- hoje para jantar, petiscos em cima da mesa que me fazem salivar... beringela gratinada no forno! E pimentos daqueles pequeninos e picantes!

- me deixam rebuçados de mentol em cima da mesa do escritório

- uma das manas mais novas me diz "oh Di, tu sabes das coisas e eu tenho uma dúvida"

(...)

Tenho toda a legitimidade para dizer que sou uma miúda mimada. Oh pah ... nada a fazer.

09 março, 2010

Decididamente a minha relação com as lentes de contacto tem de melhorar.
Caso contrário fico sem o olho direito nos próximos dias.

08 março, 2010

07 março, 2010

[some things cost more than you realise]




O Sr. Thom hoje está a dominar o meu ouvido.

Gosto de gostar

Gosto do Pessoa, da Sophia, do Mia e do Eça.
Gosto da Mafalda, do Bart, do Charlie e do Monstro das Bolachas.
Gosto do Thom, do Jeff, do Matthew, da Joan, da Emiliana e da Nina.
Gosto de amendoins, pistachos, cajus, nozes e avelãs.
Gosto de coca-cola, cerveja, sangria e caipirinhas.
Gosto dos guias da American Express, de mapas, de lugares marcados.
Gosto de metáforas, de pleonasmos, de hipérboles e entrelinhas.
Gosto de sapatilhas, de meias coloridas, de almofadas e de mantas.
Gosto de pensar e de não pensar.
Gosto de andar e de sentir.
Gosto de palavrar, de novidades, de invenções e curiosidades.
Gosto de viajar, de voar, de ir, de ficar e de querer voltar.
Gosto de ter medo de trovões e dos aviões a aterrar.
Gosto de gelado de queijo, de lima, de manga, de framboesa, de maracujá e de todos os sabores que encontrar.
Gosto de reticências e do ponto e vírgula para poder respirar.
Gosto de me rir até doer a barriga, de pular em cima da cama, de dançar no carro.
Gosto de tirar retratos e de ver retratos.
Gosto de recordar, de projectar, de sonhar e de outros verbos que acabam em "ar".

Gosto de gostar.

06 março, 2010

Neste mundo há pessoas que, para além de sofrerem de parvoíce aguda, são más. Muito más.
Passo a explicar: o meu vício por gelados é publicamente assumido. Com um fim-de-semana preenchido de trabalho, com a minha falta de concentração, com as poucas horas de sono, com uma ligeira febre e princípios de uma amigdalite, eis que um parvo me manda isto por email:


É que ainda por cima é de strawberry cheesecake.
Num se faz.

05 março, 2010

Hoje saí da universidade tarde por causa da aula do mestrado. Ainda fui buscar um café à máquina (daqueles horríveis mas que se tornam deliciosos quando se tem tanto sono e tanto cansaço e o nariz todo entupido). Fui para o carro a arrastar-me a mim própria. Apesar da força do vento e da chuva que me deixa sempre cheia de medo, hoje apetecia-me fazer mais kms do que os 20 que tinha para fazer. Hoje apetecia-me andar por aí sem destino, fazer uso explícito da minha desorientação... curva contracurva, curva contracurva, muito devagar... a música alta, o meu pensamento alto e a minha voz muda.

03 março, 2010

Não tenho escrito. Porquê? Não sei. E até tenho assuntos para escrever:

Podia contar as conversas que ouvi no comboio durante estes dias em que a mana maravilha se apoderou do meu carro. Podia falar do conto que eu e a babe Raquel fizemos no Domingo na Fnac, sobre princesas e príncipes. Podia queixar-me do trabalho de Gestão de Projectos que é para entregar amanhã e queixar-me ainda mais do quanto estou atrasada. Podia mostrar as minhas sapatilhas novas. Podia também mostrar os sapatos novos que já comprei para o casamento (que depois são para encostar). Podia pôr mais uma música porque nunca são demais. Podia falar da falta de preparativos para a viagem de Amesterdão (eu e a babe Raquel ainda não temos ho(s)tel e cá para mim ainda vamos ter de pedir abrigo aos noivos). Podia partilhar a vontade que tenho em comer uma embalagem inteirinha de Ben & Jerry's. Podia mostrar-vos a nova aquisição que fiz à minha Princesa das Lãs. Podia descrever a minha reacção quando soube que a proposta de doutoramento foi (finalmente!) aprovada em científico. Podia contar como foi a primeira aula do mestrado que vou ter de frequentar. Podia fazer a contagem decrescente para a estreia da "Alice no País das Maravilhas". Podia falar dos meus sintomas de anormalidade. Podia pôr uma fotografia do meu bilhete para ver Gotan Project (que nunca mais chega!). Podia dizer o quanto me ri há pouco quando o meu cunhado preferido contava que tinha comemorado os golos do Sporting como se fosse um deles e que ainda deu os parabéns ao Carvalhal quando se cruzou com ele no ginásio (e só de escrever isto estou a rir-me!). Podia falar dos planos para a despedida de solteira da Nené (ai não não podia que ela lê isto e é segredo absoluto!).

É podia falar de muita coisa. Pensatempos não faltam. Mas em vez de um pensatempo meu, deixo um outro, bem melhor e bem mais delicioso:

Se eu pudesse trincar a terra toda
E sentir-lhe um paladar;
E se a terra fosse uma cousa para trincar
Seria mais feliz um momento...
Mas eu nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
Para se poder ser natural...
Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito pede-se.
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E que haja rochedos e erva...

O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade e na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja...




Dou um rebuçado a quem disser o autor (e sem ir fazer pesquisa obviamente!)