30 julho, 2012

É assim por São Paulo


Neste momento estou em S. Paulo, num quarto de hotel que quase cheira a casa pelas muitas das minhas coisas espalhadas pelos espaços: a mesa cheia de livros e blocos com rascunhos e post its (porque não passo sem eles); o frigorífico abastecido de coca-cola zero, água e iogurtes que só encontro cá e são os melhores do mundo - tudo comprado no supermercado onde me pedem sempre CPF e eu tenho sempre de dizer que não tenho disso; a castanha do pará está escondida de mim própria para que não me afunde; a roupa está arrumada nos sítios certos e os sapatos também (perdi a cabeça e trouxe 3 pares de sapatilhas e 4 pares de sapatos); ouve-se Martinho da Vila quase sem parar e, as saudades de Portugal (porque sim, já as tenho) sopram com o Zambujo na "Lambreta".

Se abrir a janela ouço o barulho desta cidade. Ouvem-se as buzinas, tantas que são. Os helicópteros e tudo o que existe. Com 20 milhões de habitantes o respirar das pessoas ouve-se como um coro. Hoje estão 18ºC, é assim o Inverno por aqui. Mas há meninas de melissas nos pés e meninos de t-shirt branca que passam pelos portões da Faculdade. Sim, a minha janela é em frente à Universidade. Por isso, basta passar a rua para ir à lanchonete e me encher de pães de queijo.

Podia dizer mais coisas catitas: falar do mercado municipal, da vontade comer sushi (aqui abunda!), do taxista que me oferece um cd de samba, da Rua Augusta, do mundo da Vila Madalena, etc. porque São Paulo é grande e tem muito ... muito mais do que carros e pessoas.

Mas vai ter de ficar para a próxima porque são horas de me meter a escrever a tese de doutoramento.
(suspiro)



Obs. Já não escrevia aqui há muito tempo, mas é como andar de bicicleta - não se esquece.