25 novembro, 2008

Ele & Ele

Ele observava-a de longe há dias. Quem seria aquela rapariga sentada naquele muro? – pensava ele, enquanto inspirava profundamente para ganhar coragem para ir ter com ela.
E um dia foi. Sem pensar. Quase flutuando até ao pequeno muro de tijolo.

Ela era feliz. Ele queria também ser feliz. Sentou-se ao seu lado, descalço, aproveitando aquele momento em que via de perto o que ela também via, em que sentia de perto o perfume fresco e leve que se soltava cada vez que ela se mexia, em que ouvia de perto o vento que passava por ela, em que quase tocava na mão dela ao descer o muro… tinha de voltar.

- Volto já. Talvez amanhã. Ou depois.

Ela nada disse. Olhou-o surpreendida, com vontade que ele ficasse ou … com vontade de ir também.
Desta vez ele inspirou profundamente para ganhar coragem para virar as costas.

[… Diz-me que quando eu voltar, tu vais estar aqui … ]

23 novembro, 2008

Chá das Cinco

Entre chá de menta, cafés, húngaros e torradas ... rimos com vontade, falando no nosso Antigamente.

Estamos diferentes: Uma com sapatos de cristal, outra de óculos, outra com telemóvel novo e outra de cabelo curto.
Estamos crescidas: conversa - trabalho e memórias!
Estamos na mesma: nas gargalhadas e nas palavras [só a Lena para dizer quarto de banho!]
Estamos juntas... como nesta foto ainda tirada com máquina de rolo:


Babes @ Braga - 2004

E gostei muito deste bocadinho :)

Ps. Decididamente faltou a Fernanda para dar mais emoção à coisa!

20 novembro, 2008

em mil nobe e oitenta e quatro

As datas trazem muito mais do que uma pessoa, um momento, um acontecimento.
Neste momento, o dia 20 de Novembro traz muito mais do que a tua presença… traz efectivamente saudades. Aquelas de que tanto temos falado. Como costumo dizer, as saudades são um sintoma bom … Por isto:

Do toque na campainha logo pela manhã (ou não porque ficamos as duas a dormir, 'tá claro!).
Das manhãs, tardes e noites em frente ao computador.
Do estica, dos cortes de cabelo, do bota, da pupa.
Do café prolongado quando se tinha de estudar.
Das telas no quarto e do cheiro a incenso.
Da porta que não abre e da janela com plantas.
Dos vizinhos. Do teus e do meu (que deixou eternamente de o ser).
Das palavras que me deste e das lágrimas que tantas vezes me seguraste. (tantas!)
Do que me ensinaste e do que (re) aprendi ao conhecer-te.
Dos bilhetes trocados nas aulas, com poemas e com cumplicidades que ainda guardo.
Particularmente, daquele bilhete na aula de Sociologia que dizia o que toda a gente já deduzia.
Do vídeo e da tarte de claras de um domingo à noite.
Das vezes que demos o tilt, entre impressoras, matrizes de responsabilidades, ateliês e desenhos.
Dos petiscos de madrugada, naquela que foi a minha segunda casa.
Do pedido para não te/nos tornares/mos pessoas sérias como aquele, d’ O Principezinho.
Da menina gotinha de água, gotinha azul do maaaaaar.



(…)

Do muito que nos ligou, nos liga e continuará a ligar … entre verdadeiros momentos e pensatempos.


PARABÉNS Riqueza!

You and Me @ Dublin 2007

[a única foto sem expressões paranormais e distorções faciais loOl]







17 novembro, 2008

Ela & Ela

(…)

Ela reteve a respiração durante uns segundos, quando pelo canto do olho o viu tirar os sapatos e sentar-se ao seu lado.
O canto do olho direito descobria agora um novo mundo sem ser aquele à sua frente.


Uma camisola vermelha, com letras azuis escuras (ou seriam pretas? Não dava para ver bem).
Umas calças de ganga coçadas pelo tempo e provavelmente pelas estórias.
As pernas dele baloiçavam ao ritmo das dela.
A pele era morena e a voz grave (já sabia pela pergunta que lhe fizera).
Não se atreveu a olhar para o rosto … preferiu imaginar como seria:

Hummm … olhos claros … não! Escuros - a probabilidade é maior. Cabelo mais claro, bem penteado. Cicatriz no queixo porque caiu quando era mais pequenino (isto de pensar faz rir!). Um sinal que se destaca perto da orelha esquerda.

A imagem foi quebrada quando ele se levantou, pegou nos sapatos do chão e disse:
- Volto já. Talvez amanhã. Ou depois.

[… Diz-me para onde vais para poder ir contigo …]

14 novembro, 2008

Manas de Afecto

Lembro-me do dia em que as vi pela primeira vez ... foi uma imagem que ficou guardada na memória. Nítida. Perfeita.
A partir desse dia a minha alma ficou mais preenchida porque as pequeninas fazem-me ser criança outra vez ... fazem-me voar até à Terra do Nunca onde tudo é possível!
Gosto da hora de deitar ... em que pomos o pozinhos dos sonhos e dizemos adeus à princesa.
Apresento-vos as minhas mais-que tudo: Catarina e Ni!















Hoje fazem 12 anos ... PARABÉNS Princesas!

[sorriso bom do dia e da vida]

13 novembro, 2008

refúgios para [re] fugir

Como às vezes diz a Martinha (a culpada!):
“Parem o mundo que eu quero sair!”

Refúgio …
Preciso de um refúgio ...
Hoje. Agora. Já.

Refúgios:

* sentar-me dentro do armário [como a Dianinha pequenina fazia]
* ficar parada com a respiração suspensa na esperança que ninguém repare em mim
* ir até ao fundo do mar e sentar-me dentro de uma concha
* hibernar nas memórias mais antigas
* ficar presa na torre de um castelo [será que alguém me vem salvar?]
* comer uma dose industrial de batatas fritas do McDonald’s
* envolver-me no manto da invisibilidade [só para fãs do Harry Potter]
* pôr a música muito alta dentro do carro

* mergulhar numa banheira de espuma
* beber um actimel e ficar com uma bolinha de sabão à minha volta

Só precisava de um ... para fugir ...

[que vale amanhã é outro dia]

10 novembro, 2008

Porque é Segunda-Feira *

Apesar da preguiça e do sono, do sol que pede um passeio, da ideia de que faltam 5 dias para ser outra vez fim-de-semana e das inúmeras coisas marcadas na agenda ...

Vamos lá começar a semana com um ... L.O.L. !




[É curioso isto das emoções ;)]

Uma boa semana ... com (sor)risos!

* mas também podia ser outro dia qualquer!

05 novembro, 2008

O resultado ...!


E fez-se história: Obama para Presidente ... "Change we need"

[o Sporting também lá fez história ao ganhar 1-0]

03 novembro, 2008

A véspera ...!



Este post é particularmente dirigido aos mais dotados de raciocínio lógico-dedutivo, para aqueles que dizem nada perceber aquilo que escrevo.
Por isso o pensatempo de hoje será (sub) objectivo, sem metáforas, sem entrelinhas. Sem reticências e só pontos finais.
[Sim, porque também é possível escrever assim!]

Pegando na pergunta da semana (do mês e talvez do ano) … sobre o que mais se escreve, sobre o que mais se especula, sobre o que mais se fala, sobre o que mais se ouve: Quem vai ser o próximo presidente dos EUA?

Obama – o carismático
McCain – o imprevisível

Comecemos pelos números:

[os números ajudam sempre quando se quer ser objectivo!]

Os fundos recolhidos pelos democratas chegam aos 482 milhões de euros! Os gastos rondam os 214,6 milhões de euros, sendo 146,6 milhões investidos em propaganda política.

Os republicanos recolheram cerca de 286 milhões de euros! Os gastos ascendem os 3132,6 milhões de euros, isto porque mais de 3100 milhões de euros foram só para propaganda política!
[comentários?]

De facto, as eleições presidenciais nos EUA são um autêntico espaço de entretenimento, entre debates, discursos, comícios, recheados de cores, bandeiras e gritos que se acendem na multidão que apoia o seu candidato.
E estas eleições têm ingredientes que as tornam ainda mais vibrantes para quem assiste: a possibilidade de pela primeira vez um negro liderar a EUA; a actual crise financeira; a anarquia em Wall Street; e depois o que já se sabe, a segurança nacional, a política externa and so on …!

A verdade é que esta decisão é não só importante para o país de que falamos, mas também para o resto do mundo. Independentemente da postura serena de Obama ou da impulsividade de McCain, um destes homens vai ter um papel decisivo nas nossas vidas.
Quem vai ser, não sabemos … apesar das sondagens apontarem para Barack Obama, do Colégio Eleitoral (538), cerca de 132 ainda estão indecisos o que poderá inverter todo o cenário a favor de John McCain.

Obama vs McCain – façam as vossas apostas!

[Castiço, este post já deu para perceber? :) Obrigada pela inspiração ...]

02 novembro, 2008

... RUN ...

Quanto pesam as saudades?

(...)

[Sometimes I just need a little room to breathe]