23 setembro, 2011

Eu e as insónias

Como miúda optimista que sou comecei a tentar ver o lado positivo de sofrer de insónias. É ler muito. E leio cada vez mais. No meu quarto os livros aumentam fora da estante e as revistas de fotografia e viagens espalham-se sem lugar.

E depois de ter acabado "A Tragédia da Rua das Flores" do Eça de Queirós comecei com estes dois na mesma noite:


E que catitas que são.
[tenho para mim que os vou absorver num instantinho ... com ou sem insónias]

Outono

É o tempo das folhas no chão. Alguéns, com muita paciência, vão colocando-as em pilhas ... e sempre quis ter coragem para me atirar para cima de uma núvem de folhas secas.

É o tempo da marmelada. E como eu gosto ... mas sou exigente. Pouco doce e tem de se sentir os grãos minúsculos dos marmelos. Gosto de misturar com queijo. Gosto de fatias finas nas bolochas maria. E gosto de marmelada, assim, sem nada.

É o tempo do milho. Vê-se nos campos as folhas altas que fazem labirintos e esconderijos.

É o tempo das uvas, que se pisam, colorindo a pele; o aroma forte que se agarra às narinas.

É o tempo em que os dias ficam mais pequenos, mas há almas que continuam grandes.

É outono (agora se escreve com letra minúscula) e como diz a música do Tiago Bettencourt "pode ser tanto quanto somos".

18 setembro, 2011

é domingo



E é isto que daqui a pouco vou ouvir e cantar no carro da babe R. a mais a babe I.

"my, my, my, my, my, my, my, my"

Muito alto, s.f.f.

17 setembro, 2011

caracoleta

Quando pensei que a época dos caracóis se tinha acabado, eis que chega o meu cunhado preferido e me faz mais uns tantos ... e que bons, que bons que estão!

E a mana maravilha, se quer que a ajude a fazer o jantar, não me pode perguntar: "Queres mais?".

16 setembro, 2011

é assim que se acaba a semana

Entre um dançar e um voar...
Sempre quis ir a Estocolmo no Outono.



A babe I. é que diz que esta música tem a minha cara!

15 setembro, 2011

bate bate coração





Quando comprei hoje "A Bola" de manhã fiquei outra vez emocionada só de olhar para as capas dos jornais desportivos.



Ontem, faltava uma hora para o jogo e já estava eu com o coração a bater muito depressa! Pintei os lábios de vermelho (com o meu baton catita da Wonder Woman!) e só não roí as unhas, porque não faço disso. Quando o Cardozo marcou, até as pernas me ficaram a tremer, para além da pele arrepiada, que acompanharam os gritos Goloooo!




Sou mesmo bimba, eu sei, mas com o meu Benfica é mesmo assim ... nada a fazer.


(e é assim que vale a pena ser Benfiquista)


12 setembro, 2011

é assim que se começa a semana

Esta música faz-me dançar em qualquer lugar ...
[Lykke Li & Bon Iver é mais que perfeito]

11 setembro, 2011

09/11

Posso gabar-me que tenho boa memória, daquelas que guarda tudo, tudo até o que não tem utilidade: números de telefone que já não existem, letras de música que já não ouço, etc. Por isso, lembro-me muito bem do dia em que o mundo mudou.

Há dez anos atrás, ainda nas minhas férias de Verão, chego a casa perto da hora de almoço e vejo a minha mãe, a minha irmã e uma amiga (estavam a estudar Contabilidade para a época de Setembro e foi desta forma que fui tendo a certeza que Gestão de Empresas não era para mim) em silêncio a olhar para a televisão. Não foram precisos muitos minutos até me juntar a elas, ainda nem tinha tirado a carteira do ombro. Vi aquelas imagens repetidamente e em todas as vezes não sabia muito bem o que pensar.

Foi com o 11/09 que compreendi o que realmente significa "vulnerabilidade".

Sempre evitei ler testemunhos ou documentários que mostrassem a dimensão humana desta questão. O que aconteceu foi tão duro de ver que, ler ou ouvir na primeira pessoa alguém que sobreviveu, alguém que perdeu alguém, alguém que salvou pessoas ... é emocionalmente esmagador. Hoje estava a ler a "Única" do Expresso e li a história do João, um luso-descendente que trabalhava na torre sul e que se poderia ter sobrevivido, mas preferiu voltar atrás para salvar uns amigos. Não voltou. Li a história de dois casais de portugueses que mantiveram o seu espaço comercial aberto, quando todos os outros estavam fechados, a fornecer água "Luso" (entre outras coisas) a todas as pessoas que precisassem, sem pedir nada em troca. Li transcrições de chamadas telefónicas.

.... e há muito mais que poderia ter lido. São muitas as histórias. São muitas as pessoas. São muitas memórias.

10 setembro, 2011

AC/DC

Um dia destes estavam a dar na VH1 à hora do almoço. Enquanto eu cantava assim baixinho aaaalll night loooong, perguntaram-me: "Quem são estes?"; eu respondi: "São aqueles que fazem rock à séria".



E lembrei-me de os ouvir agora para ver se ainda me aguento a trabalhar.
E como eu adoro as versões ao vivo!

08 setembro, 2011

Conversas da alma # 10

Hoje a caminho da universidade, em vez de cantar a Elis Regina (que é o que tem estado a bombar no carro), pus na RUM, que é a rádio mais catita que há! Sem estar à espera começa o Eddie a cantar a Last Kiss. Pus mais alto... e mais alto. Sorri parvamente porque levou-me para um Antigamente que é muito antigo. Depois (e como sempre!) cantei que nem louca:

"(...) Hold me darling just a little while (...)"

Não ouvia há muito tempo, mas continuo a saber a letra de cor.
E continuo também a adorar esta música, como da primeira vez que a ouvi.
E continuo a achar que é das melhores músicas dos Pearl Jam.

Fora de Horas




Depois te ter acabado o "Hobbit" (ooohhh!) comecei com o Demolidor. Este Frank Miller é um catita e o desenho do Romita (o mesmo que fez do livro do Wolverine que ainda há pouco tempo falei) é o melhor.



Normalmente leio sempre antes de me deitar, mas estou há 30 minutos à espera do senhor da Meo, que vem cá a casa entregar a pen de banda larga (net portátil ... obaaa!). Por isso, para não me dar os nervos peguei no Demolidor fora de horas e como sabe bem.







Ah! Parece que o senhor (atrasado) chegou.

07 setembro, 2011

(não) gosto

Ainda estou a trabalhar. Ando aqui, mergulhada num artigo que está baseado numa ideia tão catita ... mas o processo tem sido doloroso. Um diz que faz, depois já não faz. Um diz que sabe, depois já não sabe. ... e o prazo aí a bater (e eu a bater com ele!).

Agora sozinha aqui no gabinete pus-me a pensar ... não gosto de trabalhar assim. Não gosto de passividade. Não gosto da falta de compromisso. Não gosto de ver falta de reconhecimento. Não gosto da falta de vontade em comunicar. Não gosto quando a informação não circula. Não gosto do mínimo.

Faz parte de mim encarar as coisas de forma positiva e quase até divertida. Sei o que não gosto, mas também sei o que gosto. Hoje gosto de Radiohead e isso basta-me.

06 setembro, 2011

USA

Acabei de ver uma reportagem n RTP1 sobre Yosemite.
Eu sei que vai parecer repetitivo mas ... a menina quer! a menina quer! a menina quer!

Há muitos países, cidades e vilas que a menina quer (não me peçam exemplos que despejo já uma lista sem fim) mas os States andam-me a piscar o olho ... ai andam andam!

05 setembro, 2011

Little Surprise



Como, mas como é que só descobri estes moços agora?

A Actual do Expresso dá 4 estrelas, mas considerando o que estou a ouvir dou já 5 estrelas bem catitas.

04 setembro, 2011

Premissa Lógica # 2

Não me lembro onde deixei a concentração.

Não consigo trabalhar.

Logo:



E é hoje que acabo, pois é?


03 setembro, 2011

Leituras

O Expresso, porque, entre as notícias tenebrosas que aparecem sempre, temos a "Actual" com o Bruno Nogueira na capa e crónicas das boas!
O "Hobbit" em BD, que ando a demorar porque não quero que acabe.
A"Tragédia da Rua das Flores" porque o Eça é genial (sim, falo dele no presente).
Quatro revistas, três de fotografia e uma de viagens, porque é fácil porem-me a sonhar.

Coisas de trabalho? ... Hoje não.

01 setembro, 2011

setembro

Hoje passei o dia (entre o último dia de agosto e o primeiro de setembro) a escrever um dos capítulos da minha tese. Comecei a sentir-me estranha e só há pouco percebi porquê.

Tenho andado movida a uma esperança condenada... condenada porque os sinais andam aí, como as palavras a amarelo no jornal Expresso; mas eu finjo, finjo que não é nada comigo. Agora não posso fingir mais, o acordo ortográfico está aí. Vou ter de escrever sem acentos e mais isto e aquilo ... ufff ... sinto-me a trair as palavras. Não gosto.

E saber que este capítulo que estou a escrever depois vai ter de ser todo alterado. Porque o acordo ortográfico diz que sim. Já disse que não gosto?