28 outubro, 2009


Foi na sexta-feira. Foi nesta rua. Foi em Budapeste.
Estava eu e o princípe colados a olhar para uma montra, a admirar umas sapatilhas da Merrell quando pego no telemóvel para converter forentins em euros e vejo uma chamada não atendida e duas sms para me dizer o mesmo:

Tive a bolsa de doutoramento!

E saltei, saltei, saltei. E gritei mesmo ali no meio da rua. E voltei a saltar, saltar, saltar. E abracei-me ao príncipe. E o príncipe abraçou-me. E fiquei tão contente que até as lágrimas vieram-me aos olhos. (Tivemos logo o pretexto perfeito para ir comer sushi em vez do Goulash!)

Só agora começo a acreditar ... isto foi um milagre! Primeiro, porque a minha área tem a nota mais alta de todas, mínimo 4.6 - um verdadeiro abuso! Segundo, porque não tenho mestrado e quem se candidata com mestrado fica automaticamente com mais pontos. Terceiro, porque os resultados sairam muito mais cedo do que esperado - a previsão era para finais de Novembro.
Foi mesmo um milagre! Um milagre que me deu uma grande lição: o mais improvável também pode acontecer, mas para isso também é preciso fazer que aconteça.


Aos srs. da FCT cá beijinho, coisas mai fofinhas deste Portugal!

27 outubro, 2009

Budapeste em imagens

























Budapeste em palavras

O avião aterra e encontra-se um aeroporto calmo. Demasiado calmo para um aeroporto.
Chega-se a Budapeste, sobe-se as escadas do metro e vemos uma avenida calma. Demasiado calma para uma avenida com três faixas e com ar que deveria ser movimentada.
Começamos pelos arredores do Parlamento. Ruas todas fechadas por causa do feriado nacional (uma tarde de feriado e fica tudo em casa; ao contrário de cá que vai tudo para o shopping) e polícia que nunca mais acabava. Todos quitados com máscaras de gás e afins. Confesso que metiam medo.

Mas descobrir Budapeste é a andar pela rua só para podermos admirar a arquitectura daquele lugar e explorar toda a história que a cidade transpira. Todas as fachadas são diferentes mas todas combinam entre si. Os cafés e os restaurantes estão tão bem decorados que dá vontade de trazer os quadros para casa e ficar sentada naqueles sofás o dia inteiro. Fomos tomar um expresso ao Mc Donalds mais giro que alguma vez vi. O mesmo não se pode dizer da roupa. As montras metem dó. Entrámos numa loja só de sapatilhas de marcas internacionais e só se viam sapatilhas brancas, ou pretas ou cinzentas. Nas lojas de roupa a mesma coisa. Arrepiante. Depois compreendemos porquê. A roupa mais gira é a roupa mais cara. Na Zara a roupa é mais cara 20 a 30 euros do que cá. A Vaci utca é o centro das compras, vêem-se mais turistas do que pessoas autócnes.

Em Budapeste, para minha alegria, sentiu-se o Outono. Não se sai sem o casaco. Os finais do dia frios já pedem as luvas para aquecer as mãos. Na Ilha Margarida, mesmo no meio do Danúbio, já se calcam as folhas coloridas, tropeçamos nas castanhas no chão, vêem-se os esquilos a passear nas árvores. Foi na Ilha Margarida que experimentámos as salsichas locais, com paprika e com maionese. A maionese era tão boa mas tão boa que agora se vejo um frasco da Calvé mando-o dar uma volta. Mesmo assim, não resistimos em comer sushi. Duas horas à mesa, sempre a comer e até cerveja japonesa bebemos. E por falar em cerveja ... vale a pena experimentar a Decker.

A não perder é a vista para Peste através de Buda. No Bastião dos Pescadores, fica-se com a respiração suspensa. Vale a pena esperar pelo pôr-do-sol e até que anoiteça para ver a ponte e o parlamento iluminados. Nesse dia deitei-me e só via essas imagens na cabeça. Verdadeiramente inesquecível.

26 outubro, 2009

Cheguei ... Contrariada mas cheguei!

Ainda por cima com mais um ano em cima ... E não é que já tenho 25 anos?!

21 outubro, 2009

Estou muito contente. Mas também estou muito triste.
Vou ali comer um goulash petitoso, passear as minhas sapatilhas (ou ténis) novas, cumprir com o nosso roteiro e suspirar muito. Mas estou com o coração assim muito apertadinho.

Segunda-feira, cá estamos!


E ó S. Pedro, pare lá com a chuva para os lados de Budapeste, sim?
Obrigadíssimas.

20 outubro, 2009

Professora de Direito do Trabalho: (...) Ai e os srs. drs. vão me desculpar o termo que vou usar ...

E eu, no entretanto, a pensar: "Eia que vai sair palavrão!"

Professora de Direito do Trabalho: ... podem dizer a maior baboseira do mundo. Mas digam porque isso também é importante.

E eu continuei a pensar: "Onde está o raio do termo pelo qual pediu desculpa?! Ah sim ... Baboseira ... uuuuuu loucura!"


Como devem ter reparado, a professora continua a chamar-nos de Srs. Drs.!

19 outubro, 2009

Há dias que nos marcam por qualquer razão. São aqueles dias que guardamos na caixinha da memória e que levamos dali em diante connosco. Pode ser o dia do primeiro beijo, do aniversário dos dezoito anos, de uma perda, de um pedido de casamento, de uma discussão, de um abraço, de um jantar, de um passeio, de uma viagem, de uma bela besaina, do primeiro dia de aulas. Pode ser qualquer momento. Só nós é que o sabemos porque só nós é que o sentimos.

Hoje tive um desses momentos. Desses que já pus na caixinha da memória.

Um almoço prolongado por conversas sobre viagens, sobre (des) amores, sobre amigos, sobre o imaginário, sobre vontades. Um almoço prolongado em que se sentiu na pele de galinha o Outono a chegar. Um almoço prolongado em que conheci a menina dos saltos altos com saudades das suas sapatilhas.

Há coisas fantásticas, não há?

17 outubro, 2009

Conversas da alma # 4

A Necas queixou-se que quando ela fez anos eu não pus nem sequer uma fatia de bolo aqui no blogue. Ah porque fiz para a Catarina e para ela não. Deve ser coisa de noiva sensível. Por isso, hoje esta conversa é sobre ela e para ela.

Conheci a Necas há uns seis anos, quando entrei para a universidade. Não foi aquela amizade à primeira vista, pelo contrário. A moça chic que vinha de Direito em Coimbra - espantem-se! - não gostava da minha pessoa. Dizia que eu falava demais nas aulas. Ora, eu quando gostava da matéria participava e falava; quando não gostava falava para o lado, para a Raquel porque a Lenas mandava-me calar para poder tirar os apontamentos todos, os mesmos que depois nós pedíamos para podermos estudar para os exames.
Adiante ...
Depois do almoço frequentávamos o mesmo café - o famoso Gota do Sr. Manuel - mas cada qual na sua mesa. Houve um dia, que por qualquer razão, juntámos as mesas na esplanada. Lembro que estava um dia cinzento. A moça chic estava com toda arrepiadinha de frio e lá fomos a minha casa para eu lhe emprestar um casaco. E foi este momento que nos juntou. Confissões no caminho e nunca mais nos largámos. A moça chic que vinha de Direito em Coimbra ficou a gostar da minha pessoa.
E foi assim que se seguiram as noites a beber caipirinhas no Sr. Manuel, as nossas performances de karaoke no Face (agora que penso nisto, ai que vergonha), a pedir desejos às estrelas pela Rua Nova de Sta. Cruz, dos jantares com Muralhas, dos teus brilharetes de cabeçudo e ambulância. Depois as noites míticas - do S. João da cerveja sem fim, do Enterro e da varanda do 1º C, da abertura do Sabão Rosa, do teu aniversário surreal, do Face só para nós depois da época de exames, das histórias de infância da Helena contadas nos sofás do Gota, dos jantares na Taberna Inglesa já no último ano. E ainda outros momentos - pequenos-almoços com copos amarelos, trabalhar até de madrugada, estudar na biblioteca dias a fio, ler o horóscopo no Sr. Manuel, os jogos de futebol também no Sr. Manuel, as depressões que nos faziam ir comer batatas fritas, o Júnior em casa da Helena, a quase expulsão da aula de Antropologia (que me faz rir até hoje!), a pulseira que me deste no dia em que fui ter a conversa séria, o teu bacalhau com natas e o meu gelado de queijo, as aulas a que faltámos para não fazermos nenhum.
E para acabar algumas frases míticas: "É o caos!", "Coitadinhaaaa", "Pita que paroca!", "Eu é mais bolos!" e claro, "Uma por todas e todas por uma!".

Nós éramos mesmo muito felizes ...
E agora, mesmo sem Sr. Manuel, sem estarmos juntas todos os dias, somos ainda mais felizes. Continuámos amigas, aguentámos as saudades e os desejos das estrelas realizam-se.

És a Maria dos Bolinhos, chic e linda que só tu, e eu gosto muito de ti.

16 outubro, 2009


E já tenho umas sapatilhas (ou ténis) novas YUPI!

Gosto muito das minhas novas fofinhas. Como disse a babe Raquel: É mesmo à Diana. Pois é! Tem muitas cores, incluindo o roxo*. E aquele verde lima faz-me lembrar os gelados do Santini - os mais parecidos que se pode encontrar com os gelados italianos.

E num só post consegui associar sapatilhas a gelados. Brilhante. Ou não ando boa desta cabeça.
É o mais provável.





*eu bem digo que a minha fixação pelo roxo está a aumentar em grande escala!

14 outubro, 2009

E não é que já ando por aqui há um ano?

Para comemorar decidi fazer uma leve lavagem no In Pensatempos. Fica prometida uma lavagem mais profunda, com uma imagem gira no header e todas essas coisas que exigem tempo. E também poderia fazer aqui uma dissertação sobre o quanto a existência deste blogue já me trouxe coisas boas, muito boas, inesperadamente boas. Mas isso também exigiria tempo. Portanto, tanto uma coisa, como outra fica para outro dia.

Agora para finalizar ... CLAP CLAP CLAP!
Sobretudo para vocês que dedicam um bocadinho do vosso tempo para pensar comigo.
Muito obrigada!

13 outubro, 2009

O segundo dia do mestrado foi marcado por três momentos:

1. Uma professora que me diz para não depositar muitas esperanças na bolsa de doutoramento. Sabe que é complicado ter a bolsa de doutoramento sem um mestrado ... eu não quero desiludi-la, quero que se prepare para o pior cenário - Olha, conhece-me há 10 segundos e já está preocupada comigo.

2. Levar com o (des)orientador, que lá me mandou uma piadinha, mal me viu. E durante a aula lá arranjou forma de falar nas relações de poder, do capitalismo, das políticas que não existem, blá blá blá. Previsível. Basicamente estive prestes a cortar os pulsos.

3. Depois, duas horas de Direito do Trabalho, com uma Professora que nos trata por "Senhores Doutores". De acordo com a disponibilidade dos srs. drs. ... Com certeza que os srs. drs. têm conhecimento que ... Os srs. drs. poderão ter acesso a esta informação ... Oh Professora, por favor! Nada de formalismos. Também não precisa de falar tão depressa; temos tempo. Ah! E também não fique preocupada por não usar terminologia jurídica. Nós, os ditos srs. drs., agradecemos, sim? Caso contrário não percebemos nada do que diz.

E pronto. Para a semana há mais.

PARABÉNS


à Catarina! YEEEEEEEEE

E ainda me lembro, nos nossos tempos da adolescência parva, ainda faltava um mês e era contagem decrescente todos os dias ... não havia quem ao 10º dia te aguentasse amiga! Desejo-te tudo de bom ... muitas viagens comigo e um moço todo encantado só para ti. Assim para o inteligente, para o amoroso, para o querido, para o giro, para o compreensivo, para o engraçado, para o fofinho, para o arranjadinho ... parece-te bem?
(E agora lembrei-me das nossas confissões gravadas em Florença!)

Parabéns a ti minha sinistra, que és feliz e vais ser ainda muito mais!

12 outubro, 2009

Aulas do Mestrado

Hoje foi o primeiro dia.

Foi estranho entrar na sala onde tantas outras vezes entrei mas ver que as pessoas não são as mesmas. O cheiro é o mesmo. O barulho das praxes é o mesmo. A lentidão no bar continua a mesma. Há coisas que não mudam. Também pensei que as aulas do mestrado seriam assim para o diferente daquelas que levei durante 4 anos. Mas não. A começar pelo professor. Depois de 2 anos toca a levar outra vez com o Doutor-que-tem-a-mania-que-percebe-da-coisa-e-que-adora-mandar-bocas-despropositadas-às-pessoas. As duas horas e meia de aula foi como que um dejá vu das aulas do 4º ano. As mesmíssimas coisas, desde os conteúdos ao sarcasmo do seu discurso. Vá lá que vou ter equivalência à disciplina e não preciso de ir às aulas. Mas tenho de fazer uma recensão crítica de um livro (de preferência um que seja dele, pois claro!). Depois levei com mais duas horas de pura exposição sobre a contextualização histórica da Gestão de Recursos Humanos. A Professora até parece ser uma querida, mas não há paciência para ouvir outra vez as teorias taylorianas e afins. Acordei no momento em que a Professora, aquela que até parece ser uma querida, diz "em mil oito oitenta"! E uma coisita que me deixou confusa, foi a Professora, essa mesmo que até parece ser uma querida, contar a participação como 20% da avaliação e depois durante a aula nem deu margem para que houvesse participação. Falou, falou, falou e falou até chegar as 19h30.

E foi assim o primeiro dia. Sobrevivi ... é o que interessa.
Amanhã há mais. O confronto com o (des) orientador vai acontecer. E aí já não sei se vou sobreviver.

11 outubro, 2009

Eu não gosto de ver coisas repetidas ...

... mas não resisto em ver o primeiro episódio dos Ídolos outra vez.
Demasiado bom!

(sobretudo o caramelo que está a cantar agora o My Way ! É que depois vai bater o pé no chão e tudo ... Ai ca riso!)

10 outubro, 2009

Quando estou aí gosto de passear nas ruas estreitinhas. De abraçar-te assim no meio dessas ruas estreitinhas. Gosto de estar sentada no Salamandra contigo, entre cafés e observações, de ver o céu cinzento e os barcos a flutuar no mar. Gosto de escolher os sabores do gelado do Santini e de te roubar com a minha colher aquele que escolhes sempre. Gosto de passear no paredão ao fim da tarde e dos almoços em S. Pedro. Gosto do sofá grande, para mim, para ti e para o Gaspar que se põe em cima da minha barriga. Gosto de passar na nova rua de paralelo que ainda não tinha visto. Gosto de tirar fotografias na Costa da Guia e de pensar que num Domingo de manhã vamos nas Bicas até ao Guincho. Quando estou aí gosto de estar contigo. E é disso que sinto falta quando estou aqui.

Sábado

E não há melhor lugar do que este para ir tomar o pequeno-almoço:





Torradas de três andares. Compota de morango. Meia de leite morna.

Jornais em cima da mesa. O mar à nossa frente. A melhor companhia do mundo.

@ Cascais - Costa da Guia

09 outubro, 2009

Há coisa pior do que voltar a ter aquele que foi o meu (des) orientador de estágio como meu professor no mestrado?

OF COURSE NOT!

Marco da semana

Quarta-feira comemos sushi, muito sushi. Saímos a rebolar e fomos assim pela rua fora.

05 outubro, 2009

Coisas para se ler num feriado

"A figura 5-2 fornece um fluxograma de processo desses processos e suas entradas e saídas, além de outros processos de área de conhecimento relacionados."

PMBOK - tradução brasileira (e está tudo dito, right?)
O que claramente me fez procurar a versão in english na net.

04 outubro, 2009

Blá Blá Blá

Neste momento, estou à espera dos resultados do doutoramento, inscrita num mestrado e a fazer uma disciplina extra-curricular. Duas acções de formação para preparar e entrevistas para transcrever. Inquéritos para analisar e livros para ler (sim, porque num espaço de uma semana gastei cerca de 100 euros em livros técnicos que quero ler e ainda não tive tempo). Quero conseguir fazer tudo o que tenho para fazer e quero ainda que fique bem feito.

Quero umas sapatilhas (ou ténis, whatever) novas para levá-las a passear pelas ruas de Budapeste e não tenho tempo para ir escolher umas. Quero conseguir dormir sem ter sonhos disparatados - como estarem me a cortar o cabelo e eu aos berros a dizer que quero deixá-lo crescer. Quero que o Benfica ganhe amanhã. E quero que as saudades que sinto de tantas pessoas desapareçam.

Não tenho comido gelados. E caracóis já não há. Apetece-me sushi. Ouvir Nouvelle Vague. Tirar fotografias. Ir a Paris e a Milão em 2010. Tenho de escolher os vestidos para os casamentos. Mentalizar-me que vou fazer 25 anos e que continuo uma miúda.

Blá Blá Blá ... whiskas saquetas ... Blá Blá Blá

02 outubro, 2009




E parece que encontram alguns dos destroços do meu cérebro ...

"No caixote do lixo" - disse um rapaz-com-a-mania-que-tem-piada-e-com-um-cabelo-que-mete-medo-ao-susto.

O pior é que é capaz de ter razão. Só espero que seja antes num ecoponto e que daqui a uns tempos volte com uns neurónios todos fresquinhos!

01 outubro, 2009




Se alguém vir destroços do meu é fazer favor de entregar, sim?
Obrigadíssimas.