31 dezembro, 2011

[2012]

Em Janeiro volto para o ginásio.
Em Fevereiro faço o curso de escrita criativa.
Em Março vou fotografar muito.
Em Abril é a viagem da primavera.
Em Maio é o mês do coração.
Em Junho respiro futebol.
Em Julho é o concerto da minha vida.
Em Agosto vou escrever mais para a tese.
Em Setembro já estou sem miolos.
Em Outubro faço 28 anos.
Em Novembro já devo ter o cabelo comprido outra vez.
Em Dezembro estou a escrever coisas para 2013.

29 dezembro, 2011

2011 - momentos altos # 3

[Sebinho - a livraria catita]

muito tempo passado aqui: a trabalhar, a beber sumo de abacaxi com hortelã, a revirar estantes e a trazer livros novos e muitos, mesmo muitos livros usados, a observar as pessoas que por lá passam, a comer quantidades absurdas de pão de queijo



2011 - momentos altos # 2

[Benfica vs. Twente - o jogo perfeito e a entrada na Champions] 

e fico sempre arrepiada


2011 - momentos altos # 1

[Jack Johnson ao vivo no Rio de Janeiro]

e lembro-me muitas vezes deste dia (até da galerinha no ônibus!)




27 dezembro, 2011

Passei o dia a ler artigos para a revisão da literatura de um artigo que estou a escrever ... artigos importantes, daqueles que não se lêem apenas na diagonal. As principais ideias iam para uma tabela catita, porque têm dados que podem ser úteis noutras situações.

Já disse que eram artigos mesmo importantes e que passei o dia a lê-los?

Quando acabei, feliz da vida, gravo direto na dropbox como sempre. Passado uns minutos fui confirmar um dado e eis que versão atualizada ... onde está, hein? Em lado nenhum ... NENHUM.

E está a dar-me uma coisinha nervosa ... por isso, vou desligar o trombolho e ler o Wolverine, numa tentativa de fingir que isto não aconteceu.

24 dezembro, 2011

Para quem me lê, para quem me ouve, também para quem me atura ...

Happy Festivus for the rest of us!




22 dezembro, 2011

o senhor de quem dizem maravilhas

Foi há umas semanas que me decidi a trazer um dos livros do Murakami. Já tinha ouvido falar maravilhas do senhor e, como miúda desconfiada que sou, não me deixo levar pelo que a crítica diz e, portanto, fui deixando sempre para "um dia destes".

Comprei o "kafka à beira mar" porque estava em promoção (e deu para trazer outro do Saramago debaixo do braço) e porque se o senhor-de-quem-dizem-maravilhas se atreve a pôr kafka no título é porque alguma coisa de bom há-de ter.

De desconfiada passei a curiosa e nesse mesmo dia comecei a ler.

Há muito que um livro não me agarrava logo na primeira página. O senhor-de-quem-dizem-maravilhas escreve de uma forma que nos deixa com a respiração suspensa. Andei dias seguidos com as mais de 600 páginas atrás de mim, aproveitando cada espacinho livre para ler mais umas quantas páginas. E depois desta evidência (sim, funciono muito com base em evidências), agora sou eu que digo maravilhas do senhor-de-quem-dizem-maravilhas.

A escrita, recheada de cultura japonesa e misturada com cultura ocidental, leva-nos a acreditar que há quem possa falar com os gatos, que há quem consiga entrar pelo meio da floresta sem se perder, que há quem possa saltar pelo tempo, para a frente e para trás, em todas as direcções. Acreditamos porque estamos na história. É isso que o senhor-de-quem-dizem-maravilhas faz: põe-nos na história.

E esta é a minha resposta a todos os que me perguntaram " e que tal, como é ler Murakami?":
é mesmo o senhor-de-quem-dizem-maravilhas.



Obs. Agora já comprei mais dois para ler!
Desta vez sem desconfiança mas, outra vez, com Saramago debaixo do braço.

21 dezembro, 2011

nos entretantos destes dias

Fiz as compras de natal e também me desbundei a comprar livros para mim (não dá para resistir!).
Enervei-me com a franja que já passou o limite do tolerável.
Comecei o "Todos os Nomes" do Saramago.
Fiz uma aula de RPM e consegui respirar até ao fim (é desta que volto para o ginásio).
Pus "A Toca" a tocar no carro e fiquei tocada com sorrisos.
Ando a preparar-me para comprar a Bebé (ai que nem cabo em mim de emoção!).
Ouvi repetidamente, de forma inédita, o novo cd dos B Fachada (que neste momento estão a dar um concerto no CCB).


e agora vou continuar a trabalhar.

16 dezembro, 2011

outra vez ... wolverine



Aqui há uns meses mostrei o meu delírio pelo Wolverine ... lembram-se? Depois disto, comecei a entrar numa ansiedade tal, pela espera do volume 2. Fui percebendo que a coisa ia demorar, então, resignadamente fui diminuindo esta ansiedade.

De repente, tudo muda.

Debaixo de um nevoiro opaco e áspero em Amesterdão, entro numa livraria (a segunda nessa tarde) e vejo uma estante maravilhosa com livros de BD e com preços ainda mais maravilhosos. Já tinha três livros na mão quando vejo o "Wolverine - Enemy of State vol 2" ... Podia dizer que contive a histeria, mas estaria a mentir. Não contive, nem quis conter, sobretudo de ver que estava a cinco euros (!).

Comecei a ler há uns dias e está bom, muito bom , miles de bom.

14 dezembro, 2011

baralhação

Não sei se é do frio (já ando com as meias da neve) ou da vontade imensa de viajar (deve de ser das ideias para a viagem de primavera); a verdade é que é que parece que estou o fuso trocado. Ando baralhada, pronto. É segunda-feira e parece-me quarta. É quarta-feira e parece-me sexta.

Hoje acordei convencidíssima que era sexta-feira e só depois pensei que o despertador (formalmente designado de feio e mau) estava a tocar a horas indecentes porque tinha de ir buscar a mana maravilha e o cunhado preferido ao aeroporto.

Adiante ...

Como se não bastasse a "baralhação" dos dias, acontece também uma "baralhação" das horas. Sinto as minhas pestanas com vontade de dar beijos na boca, o que considero um sintoma de sono (sim, porque agora sou um ser que dorme como as pessoas normais!) e lá me vou preparar para deitar, que é um ritual que dura entre os 30 e os 60 minutos, porque inclui ler. Então penso, devem ser 23h ... pois sim, são 22h.

Oh, baralhação!

13 dezembro, 2011

o meu lado geek

Está quase a fazer um ano que fiquei sem a minha máquina fotográfica - a minha Bebé!
Ficou um vazio, um vazio que nunca esperei sentir. Eu assumo a ligação emocional que crio com objectos (chega a ser quase disparatado), mas neste caso não era só com a Bebé; era também pelo que ela me permitia fazer, uma das coisas que mais gosto - fotografar.

Durante meses andei a ver modelos, a antecipar tendências, a ponderar preços, a ver seguros. Reconheço em mim a diferença de comportamento. Quando comprei a Bebé foi entrar na FNAC só para ver e acabei, num impulso de terna loucura, por a trazer ao colo. Agora ... pondero e penso e repenso. Fui dando pequenos passos: comprei a bolsa para a máquina (ai tão catita!); comprei um cartão memória a um preço que nem sabia ser possível. Decidi-me pela Nikon D90, a mesma que tinha. Digamos que seria uma prima da Bebé (sou muito bimba, eu sei). Apesar dos preços tentadores da Canon, que em muito contribuem para estas minhas dúvidas, a D90 da Nikon é uma máquina intemporal que é difícil de superar. Pensei eu ...

Um dia estava na FNAC e vi a Nikon D7000. Catita, pois é?

Tem ainda mais do que D90 e um cheirinho da D300s (que é a menina dos olhos da Nikon).

Voltei às dúvidas. Mas prometo: até ao fim do ano tomo uma decisão.

Posso demorar a tomar uma decisão, mas quando a tomo é como se a minha opção fosse a única que sempre existiu.

12 dezembro, 2011

"tempo para cantar"

O trambolho (assim como é conhecido o meu computador) decidiu morrer esta manhã, mais uma vez. Tivemos uma conversa e, minutos depois, reagiu com uma serenidade contraditória. Enquanto faço a digestão de um almoço prolongado e reforçado ouço B Fachada: "sobra-me tempo para cantar / o tempo para cantar / o tempo para cantar". Vou abanando os ombros como eu gosto, entre o ritmo da música e o ritmo da chuva.

Entregue às palavras cantadas e ao desejo de ouvir umas tantas outras, trabalho de forma (des)sossegada: revejo artigos, trabalho sobre dados, estruturo ideias ainda soltas na cabeça. Nos entretantos vou procurando máquinas fotográficas, numa vontade quase obsessiva de voltar a disparar sobre o mundo e sobre personagens que depois me façam escrever.

Seguro a vontade por mais um dia e retomo as palavras cantadas: "é bom ter má fama / dá para ter vazia a cama / e nesta solidão de Kant / ser tido um grande amante".
 



11 dezembro, 2011

Contestória # 5



O Ivan



| DM 2010 |


Costumo dizer que, com o tempo ficamos com tempo. Tempo para estar a ler o jornal e ver o mundo escrito em palavras. Já há muito que desisti ler sobre política, economia. Essas coisas alteram a cor da alma.
Sou músico, sabes? E apesar dos cabelos brancos, que um dia eram compridos, continuo a ser músico. Leio sobre música. Encontro novos sons. Exploro-os no violoncelo. Toco com os amigos, ali naquele bar, todas as sextas-feiras. E é isto que dá cor à minha alma.
Às vezes, as pessoas passam aqui na rua e olham para mim com uma expressão que passei a reconhecer. Acham que por ser velho e andar de bengala já vivi tudo o que havia para viver. O que essas pessoas não sabem é que, estou aqui sentado não porque estou à espera do tempo; estou aqui sentado precisamente porque tenho tempo. E depois penso que, se calhar, eu estou a viver mais do que essas pessoas que olham para mim e passam sempre apressadas. Esta bengala só apoia o peso das minhas histórias. São muitas, sabes? Dei voltas e voltas até chegar a esta cadeira. Mas valeu a pena. Olha para mim: tenho uma alma com cor.

08 dezembro, 2011

já não faz mal molhar-me

Tenho um guarda-chuva novo. Azul, que combina com a minha gabardine às bolinhas. Faltam-me as galochas, também azuis. E depois?

Depois é só esperar pelas gotas, para saltitar pela rua como se tivesse asas... já não faz mal molhar-me! Não preciso de regras para conseguir coordenar o guarda-chuva na mão cada vez que começo a girar sobre mim mesma, em voltinhas sem sentido, na esperança de colocar a alma no lugar.

06 dezembro, 2011

linhas de faz de conta

Como sempre faço a mala à última da hora. A mala é uma mochila, por isso, levo pouca roupa para ter espaço para as memórias. A babe R. ligou-me e disse "leva só um par de sapatilhas que não precisas de mais!". Estou a tentar conter-me. A máquina fotográfica está ... está sempre. Caderno e caneta está ... está sempre. Não preciso de mais nada.

Há quem diga que somos loucas por irmos só com um bilhete de ida e com planos que não são planos, são vontades. Nós admitimos que somos loucas, umas loucas que só querem ser elas mesmas. Ser com história: diálogos que são história. imprevistos que são história. pessoas que são história. comida que é história. retratos que são história. (...) nós só queremos ser história.



ainda não nos chamaram de loucas
... mas talvez um dia leve mesmo só um par de sapatilhas.

05 dezembro, 2011

isso, das saudades.

Às vezes, as saudades sabem bem. É como viver indiferido. Rir com o drama. Perceber os trambolhões. Suspirar pelas gargalhadas. Sentir que valeu a pena. Mas, às vezes, as saudades tornam-se demasiadas. E as saudades, assim, não sabem bem. É o querer e não poder. É o não querer e o ter de ser.

São saudades de demasiadas pessoas:
Da cor preferida que vai dar um pulo a Londres. Da mana maravilha que ainda ontem a vi. Das babes que estão em todos os espaços. Das mosqueteiras que levantam as espadas. Das histórias do Z. e das histórias do J. Da professora da primária. Da avó que brilha.

São saudades de demasiadas coisas:
De tirar fotografias. De fazer o pino no chão da sala. Do cheiro da casa antiga. De escrever bilhetes nas aulas com poemas da Sophia. De dançar na varanda do 1º C. Do chão do Chiado. Da tequilla no Enterro. Dos livros do Sebinho.

(...)

Saudades, também, do que eu poderia ter sido e não fui.
Mas que talvez poderei ainda ser, numa história qualquer, escrita num caderno qualquer.

02 dezembro, 2011

Hoje é sexta-feira


Foi um dia de sol e até apareceram-me estrelas!
O Bob Dylan continua a cantar para mim no carro. No trabalho Mart'nália porque o samba faz-me ir abanando os ombros (como eu gosto da Entretanto!).

Estou a actualizar o meu CV e gosto de o ver crescer com coisas catitas.

O meu Benfica e esses dias são sempre especiais.

Não se pode falar em happy hour. Mas pode-se falar na tasca-que-faz-as-pessoas-felizes, com a mana maravilha e o cunhado preferido. Tenho para mim que vou comer até rebolar. Sim, porque vou ter de me conseguir mexer para vir para casa.

01 dezembro, 2011

Oh pah ... que emoção, pois é?

Ontem ao almoço vi em rodapé no telejornal que os meus catraios vêm ao Optimus Alive. Tenho a impressão que o meu coração parou por segundos (sim, parou mesmo!). Oh pah ... que emoção, pois é? É desta que a menina vai ver os seus catraios ... em portugal ou num canto qualquer da europa. É desta. Como diria a babe R., isto sim é ter um horizonte!