Às vezes, as saudades sabem bem. É como viver indiferido. Rir com o drama. Perceber os trambolhões. Suspirar pelas gargalhadas. Sentir que valeu a pena. Mas, às vezes, as saudades tornam-se demasiadas. E as saudades, assim, não sabem bem. É o querer e não poder. É o não querer e o ter de ser.
São saudades de demasiadas pessoas:
Da cor preferida que vai dar um pulo a Londres. Da mana maravilha que ainda ontem a vi. Das babes que estão em todos os espaços. Das mosqueteiras que levantam as espadas. Das histórias do Z. e das histórias do J. Da professora da primária. Da avó que brilha.
São saudades de demasiadas coisas:
De tirar fotografias. De fazer o pino no chão da sala. Do cheiro da casa antiga. De escrever bilhetes nas aulas com poemas da Sophia. De dançar na varanda do 1º C. Do chão do Chiado. Da tequilla no Enterro. Dos livros do Sebinho.
(...)
Saudades, também, do que eu poderia ter sido e não fui.
Mas que talvez poderei ainda ser, numa história qualquer, escrita num caderno qualquer.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
e hoje é dakeles dias...em q não posso ler nada teu que fico"com uma lágrima no canto do olho"... "tenho uma lágrima no canto do olho"... ADORO-TE MAIS QUE MUITO
Enviar um comentário