Hoje já faz um bocadinho de frio. Já lembra o Outono à séria. Só faltam as folhas no chão para eu calcar, ouvir estalar até quase esfarelar. Está bom para as mantinhas, portanto. Estava capaz de tirar as botas (sim, já ando de botas porque sou uma ser humana que sofre de frio mais do que a maioria), encolher-me num cantinho, como que escondida, e começar a ler o décimo capítulo d' "O Filho de Mil Homens" do Valter Hugo Mãe.
É tudo o que me apetece. Aliás, é o que se deveria fazer no Outono: ler até à exaustão num cantinho qualquer, sair à rua só para esfarelar as folhas e até mergulhar nelas quando estão organizadas em forma de núvens, comer marmelada com marmelada, olhar e cheirar os dióspiros (mas sem comer, não gosto) porque me faz lembrar a minha avó.
É tudo o que me apetece: ser Outono.
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