11 outubro, 2012

o nobel, o lobo e a mãe

Hoje foi atribuído o Nobel da Literatura. À semelhança do ano passado, estava a pedir a todas as estrelas, peixes e borboletas, para que fosse o António Lobo Antunes. Mesmo com Murakami na lista, queria muito que fosse um dos nossos (e um dos melhores que temos, na minha opinião). Em jeito de homenagem (também poderia dizer, em jeito de pretexto), comprei o novo livro do Lobo Antunes - "Não é meia noite quem quer".

Apetece-me parar o que estou a ler ("Revolucionary Road"), o que até nem seria difícil, mas sou metódica nas minhas leituras. Já passei as cem páginas, que ainda não me convenceram... vamos ver o que acontece nas próximas cento e cinquenta.

Em relação ao "O Filho de Mil Homens"... hoje, que tanto se fala em livros, escritores e escritoras, parece-me um dia bom para escrever sobre o último do Valter Hugo Mãe.


Nestas páginas temos o Crisóstomo, o Camilo, a Isaura, o Antonino, a Matilde, a Mininha que é como quem diz Emília. São uma família inventada. Por ser inventada é que o livro se torna tão completo de afetos, de ligações, de sentimentos. É um livro que entra cá dentro e fica... Fica a dobrar.

E ainda bem que o Valter Hugo Mãe o escreveu, ainda bem! Estava capaz de o ler todos os dias até o saber de cor.
 

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