22 maio, 2012

o último do Mia

Não sei se posso dizer que li "A Confissão da Leoa". Digo antes que o suguei entre uma insónia e outra. Este é um livro diferente. Não se encontram os neologismos a que o Mia nos habituou. Não são precisos, porque a história já diz tudo.

Moçambique está na história como nunca antes vi num outro livro: as capulanas, o mar visto uma única vez, os feiticeiros, as mulheres na cozinha, os homens no mato.

A vontade de liberdade de uma. A resignação de todas as outras.
Os homens que mandam. Um que caça. Outro que escreve.
As crianças que não brincam, mas que também não rezam.

Depois de ter lido, compreendo o porquê do Mia ter demorado 3 anos para escrever esta história. É ler para compreender. É ler para sentir.



Obs. No dia em que acabei, comecei a ler a "Clarabóia" do Saramago.
Já lá vão mais de 100 páginas e não sei como é que se consegue parar. 

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