Tenho uma cabeça grande. Grande ao ponto de ter dificuldade em encontrar chapéus que me sirvam (é ver as minhas cenas nas lojas!). Esta cabeça grande tem dias em que fica pesada. Tão pesada que tomba para o lado esquerdo ou para o direito, conforme. É o pescoço que a arrasta pelos movimentos e este pescoço está cansado. Muito cansado. Cansado da incompreensão, da falta de tolerância, do silêncio nos corredores, das asas cortadas, do desacreditar dos sonhos e do acreditar que o mundo tem de ser pequeno, porque é assim que é.
Teimamos que o que vemos é apenas o que existe. Porque é que não podem existir outros mundos, outras cidades, outras ruas, outros caminhos, outras casas, outras pessoas? O mundo é grande. As cidades são grandes. As ruas são grandes. Os caminhos são grandes.
E já disse que a minha cabeça também é grande? Nem cabem chapéus...
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