27 outubro, 2009

Budapeste em palavras

O avião aterra e encontra-se um aeroporto calmo. Demasiado calmo para um aeroporto.
Chega-se a Budapeste, sobe-se as escadas do metro e vemos uma avenida calma. Demasiado calma para uma avenida com três faixas e com ar que deveria ser movimentada.
Começamos pelos arredores do Parlamento. Ruas todas fechadas por causa do feriado nacional (uma tarde de feriado e fica tudo em casa; ao contrário de cá que vai tudo para o shopping) e polícia que nunca mais acabava. Todos quitados com máscaras de gás e afins. Confesso que metiam medo.

Mas descobrir Budapeste é a andar pela rua só para podermos admirar a arquitectura daquele lugar e explorar toda a história que a cidade transpira. Todas as fachadas são diferentes mas todas combinam entre si. Os cafés e os restaurantes estão tão bem decorados que dá vontade de trazer os quadros para casa e ficar sentada naqueles sofás o dia inteiro. Fomos tomar um expresso ao Mc Donalds mais giro que alguma vez vi. O mesmo não se pode dizer da roupa. As montras metem dó. Entrámos numa loja só de sapatilhas de marcas internacionais e só se viam sapatilhas brancas, ou pretas ou cinzentas. Nas lojas de roupa a mesma coisa. Arrepiante. Depois compreendemos porquê. A roupa mais gira é a roupa mais cara. Na Zara a roupa é mais cara 20 a 30 euros do que cá. A Vaci utca é o centro das compras, vêem-se mais turistas do que pessoas autócnes.

Em Budapeste, para minha alegria, sentiu-se o Outono. Não se sai sem o casaco. Os finais do dia frios já pedem as luvas para aquecer as mãos. Na Ilha Margarida, mesmo no meio do Danúbio, já se calcam as folhas coloridas, tropeçamos nas castanhas no chão, vêem-se os esquilos a passear nas árvores. Foi na Ilha Margarida que experimentámos as salsichas locais, com paprika e com maionese. A maionese era tão boa mas tão boa que agora se vejo um frasco da Calvé mando-o dar uma volta. Mesmo assim, não resistimos em comer sushi. Duas horas à mesa, sempre a comer e até cerveja japonesa bebemos. E por falar em cerveja ... vale a pena experimentar a Decker.

A não perder é a vista para Peste através de Buda. No Bastião dos Pescadores, fica-se com a respiração suspensa. Vale a pena esperar pelo pôr-do-sol e até que anoiteça para ver a ponte e o parlamento iluminados. Nesse dia deitei-me e só via essas imagens na cabeça. Verdadeiramente inesquecível.

1 comentário:

Lady Me disse...

Ahh, que inveja :)

Imagino! Deve ser lindo demais! :D