Escrever aqui foi evoluindo ao longo do tempo. Gostava de palavrar mais, partilhar mais, disparatar mais. Umas vezes não tenho tempo, outras não tenho energia e outras não me apetece. Acontece. Já tive momentos em que tive para fechar o tasco de vez; já tive outros momentos que fui surpreendida com palavras desse lado, por gostarem de me ler; e já ando aqui há tempo suficiente para isto me fazer falta, mesmo quando não tenho tempo, energia ou falta de vontade.
Uma das coisas que sempre quis foi ter um header catita, que fosse feito por mim e que contasse, ao mesmo tempo, uma história (já lá vamos). E txanaaa! a isto me dediquei hoje, uns minutinhos enquanto ouço Rodrigo Leão com a manta lilás vinda da Austrália enrolada nas pernas e antes de pôr em dia os episódios da segunda temporada do Homeland (uh uh). Ficou um header grande porque sou meia impaciente e não consigo ajustar melhor a fotografia. Mas... (aqui vem argumento bom para vos convencer que assim até fica melhor) ... mas com este tamanho conseguem ver todos os detalhes, podem tentar reconhecer as caras, os rostos, as pessoas e ouvirem o que elas têm para vos dizer.
Agora vamos à parte da história.
Fui eu que tirei esta fotografia (com a Bebé, claro!) em Agosto deste ano, num restaurante em São Paulo (Sampa como gosto de chamar). Sampa tem dos melhores restaurantes italianos (cantinas como eles dizem) que podem existir e no bairro do Bixiga é porta sim, porta sim. Esta fotografia vem do C Que Sabe que, num tom coloquial e com sotaque de novela da Globo, quer dizer você é que sabe. Canta-se, toca-se, fala-se alto, come-se uma pasta maravilhosa, um picante espetacular, paga-se bem, tem tralha nas paredes, no tecto, aqui e ali e o dono é o chef italiano mais conceituado do Brasil, pesa mais de 100kg, é motoqueiro, adora comer, beber champanhe português e recebe as pessoas como quem está em casa. Na verdade, aquela é a sua casa. Conta ele emocionado que é uma cantina de cinco gerações; ele acabou por fazer dos melhores cursos de cozinha em Itália, conhecer a especificidade de cada província e inovar ainda mais os sabores daquela ementa.
Fui duas vezes ao C Que Sabe enquanto estive em Sampa este ano e foi na primeira vez que tirei esta fotografia. Há muitas outras espalhadas por toda a cantina. Esta é a minha preferida porque tem a Elis e quem tem a Elis é como ter toda a fascinação numa imagem.
Para, deste lado do Atlântico, conhecer o C Que Sabe - aqui.
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2 comentários:
adorei a foto nova e a referência ao "C...Que Sabe"... vale mesmo a pena ir a essa cantina.
Mas faltou a estória associada à expressão: um amigo de Natal disse que no Brasil "C...Que Sabe" é nome de motel e quando a namorada pergunta ao namorado: "onde vamos?"
O namorado responde: "C...Que Sabe" ;-)
Oh, que a minha memória esqueceu-se da melhor parte ;-)
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