Não há mais documentos para recolher, nem mais versões de questionários, nem mais entrevistas para marcar. Está tudo. Finito. Mas o inverso para analisar: infinito. É muita informação e da boa!
A melhor parte do doutoramento até agora foi esta: chegar às pessoas, ouvi-las a opiniar, a criticar, a pensar e, às vezes, até a desabafar. Fui surpreendida com respostas; fui recebida sem queixumes; fui valorizada pelo que estou a fazer (coisa rara, mesmo!). Fiquei de coração cheio em cada momento com estas pessoas.
A todos estes alunos, professores e engenheiros, o meu obrigada, que é maior do que aquele que eu consigo escrever ou dizer.
2 comentários:
Em Dezembro de 2008, durante o teu estágio, descobri por acaso que procuravas perceber melhor a Engenharia e Gestão Industrial, perceber melhor a área onde estavas a trabalhar com equipas de alunos do 1º ano. Neste processo estavas a caracterizar a procura através das competências transversais referidas pelos empregadores em anúncios de emprego do Expresso. Nesse momento impressionou-me o teu espírito de autonomia e a inovação da abordagem.
Desafiei-te para alargares o espectro da análise para incluir competências técnicas, no sentido de construir uma melhor imagem daquilo que era a procura para os engenheiros desta área.
Um ano e meio depois, de forma nada ingénua, deixaste cair a primeira proposta de doutoramento. Umas semanas mais tarde voltei à carga com o primeiro desafio que te tinha colocado, naquilo que eu descrevia entre nós e em segredo como “desenvolvimento curricular dinâmico”. ;-)
Terminaste a recolha de dados de um doutoramento ambicioso que já foi descrito não como “um”, mas como “vários”.
Agora falta analisar, falar, descrever, interpretar, refletir, escrever, reinterpretar, conversar, ouvir, decidir, corrigir, fechar, imprimir, encadernar e defender… e entretanto, num ciclo PDCA, continuar a mudar o mundo.
Na altura nunca pensei meter-me num doutoramento (queria tanta coisa e tudo tão diferente!), mas a meter-me tinha de ser à séria! Ao longo destes anos tive momentos em que tive medo que este projeto ambicioso fosse demasiado ambicioso, como muitos diziam. Tive de acreditar muito em mim; acreditar muito neste projeto; e precisei que acreditassem nele também. E só assim poderia resultar. Resultou!
E sim agora faltam esses verbos todos... que são tantos! Mas quem disse que mudar o mundo é fácil? :)
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