1.
Acabei o "Claraboia" no voo Kiev-Lisboa. Quem não dorme em vôos, é assim.
Este é o último livro do Saramago publicado; e pensar que esteve tanto tempo na gaveta...
Conta a história de pessoas que vivem num prédio na décade de 50. Tão diferentes, tão normais. Com segredos. Com conversas. Com preocupações. Com alegrias. Com mudanças. Com tristezas. Com sonhos desfeitos. Com tostões contados. Com surpresas. (...) Com tudo que cada vida dá a cada um. De diferentes formas e feitios.
A história acaba sem acabar. As personagens continuam a viver como quisermos que vivam.
É isto que o Saramago que nos deixa. Um livro que se prolonga em nós mesmos.
2.
Na mesma semana chegou-me às mãos no dia do meu regresso. Assim é bom regressar.
Há muito que queria ler alguma coisa do Agualusa. Depois da "Teoria Geral do Esquecimento" apetece-me ler tudo de uma vez.
É tão simples, tão verdadeiro... a história constrói-se com frases curtas, cada uma trazendo uma emoção expressa numa personagem que mata, noutra que se esquece, outra que faz lembrar, outras que morrem e só se sabe como no final, outra que escreve num caderno porque é muda, um pombo que leva mensagens e come diamantes.
Gostei tanto que estava capaz de o recomeçar a ler.
Para o resto de Junho... vou dedicar-me à BD.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário