Ele observava-a de longe há dias. Quem seria aquela rapariga sentada naquele muro? – pensava ele, enquanto inspirava profundamente para ganhar coragem para ir ter com ela.
E um dia foi. Sem pensar. Quase flutuando até ao pequeno muro de tijolo.
E um dia foi. Sem pensar. Quase flutuando até ao pequeno muro de tijolo.
Ela era feliz. Ele queria também ser feliz. Sentou-se ao seu lado, descalço, aproveitando aquele momento em que via de perto o que ela também via, em que sentia de perto o perfume fresco e leve que se soltava cada vez que ela se mexia, em que ouvia de perto o vento que passava por ela, em que quase tocava na mão dela ao descer o muro… tinha de voltar.
- Volto já. Talvez amanhã. Ou depois.
Ela nada disse. Olhou-o surpreendida, com vontade que ele ficasse ou … com vontade de ir também.
Desta vez ele inspirou profundamente para ganhar coragem para virar as costas.
[… Diz-me que quando eu voltar, tu vais estar aqui … ]
1 comentário:
(stay, and the night would be enough ...)
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