Desde o fim de 2013 que não leio um livro. Nem BD. Nem um romance. Nem contos. Nada. Não me lembro de isto me acontecer. Alguns vão me piscando o olho da estante ou de outros lugares por onde os tenho espalhados e imploram para que lhes pegue (sim, os livros falam comigo). Mas eu não reajo. Quero, mas não consigo. Não tenho energia. Já tentei contrariar esta inércia, mas começo a primeira página do livro da Daniel Galera (que comprei a última vez que estive em São Paulo e ando morta para o ler) e esmoreço sem ainda ter lido a primeira linha. Depois tentei com um livro da Clarice Lispector, que usa palavras que me enchem as medidas, e acontece o mesmo. Quero, mas não consigo.
A culpa é da santa da tese. Passo o dia a escrever e a ler. E leio coisas que já li, uma e outra vez. Chego ao fim do dia, ler histórias, seja qual for, é a última coisa que consigo fazer. Quero, mas não consigo.
Esta é das piores partes de escrever uma tese de doutoramento. Lido bem com trabalhar fora de horas, fins-de-semana, se for preciso. Lido bem com as comichões alérgicas que me aparecem com a ansiedade. Lido bem com ter de dormir pouco. Lido bem com os pesadelos em que o documento da tese desaparece do computador (!). Lido bem com tudo isso. Só não lido bem com a falta que as histórias me fazem.
21 maio, 2014
10 maio, 2014
vem aí a tese # 8
É, ainda aqui ando.
A minha relação com as palavras é de compromisso e sinto que tenho de as cuidar, rever, escolher. E isto não é bom na escrita de uma tese. Mas agora prometi ser mais pragmática. É bem isto:
A minha relação com as palavras é de compromisso e sinto que tenho de as cuidar, rever, escolher. E isto não é bom na escrita de uma tese. Mas agora prometi ser mais pragmática. É bem isto:
[e antes que comecem: adoro a minha bimbice com o Star Wars, sim?]
26 abril, 2014
sem avental : pizzas - molho de tomate
Aprendi em São Paulo (ou Sampa como eu gosto de chamar e porque acho que já tenho intimidade com esta cidade para isso) que ao sábado à noite come-se pizza. Em Sampa já comi das melhores pizzas, nem mesmo das duas vezes que fui Itália comi pizzas assim. Verdade seja dita que já fui mais vezes a Sampa do que a Itália, por isso, vou deixar a dúvida para quando fizer uma viagem de carro por toda a Itália - sim, um dia vai ter de ser. Costumo dizer que numa outra vida devo ter sido italiana (mas explico numa outra altura).
Estava eu a dizer que as pizzas em São Paulo são para cima de espetaculares, desde a massa ao molho, passando pelos recheios que me deixam sempre na dúvida sobre o que escolher. Acabo sempre por pedir rúcula com tomate seco (o queijo vem sempre). Gosto das pizzas simples para poder saborear tudo o que têm.
Ontem, apesar de não ser sábado, era feriado, por isso, fiz pizza. Não é a primeira vez cá em casa, por vezes, o cunhado preferido faz no forno de lenha que ficam bem melhores. Mas foi a primeira vez que fiz um molho de tomate caseiro. Para a próxima aventuro-me na massa (uma coisa de cada vez que há uma tese para acabar). Escolhi a receita do Jamie Oliver porque ando rendida com o livro dele em Itália que comprei há uma semana por uma pechincha (adoro pechinchas!). Apetece-me experimentar tudo, mesmo tudo, o que vem naquele livro. Comecei pelo molho de tomate. Ficou tão bom que tenho de partilhar... até porque é sábado e é dia de pizza!
Ingredientes:
1 fio de azeite
1 alho picado (eu pus dois porque adoro alho)
1 mão cheia de manjericão (só as folhas)
1 lata (400 gr) de tomate pelado de boa qualidade (aconselho da marca "guloso")
flor de sal
pimenta preta acabada de moer
E agora?
Muito simples.
Juntar o azeite com o alho bem picado. Ir mexendo até ficar com uma cor dourada (e não queimada).
[para quem não gosta de ficar com o cheiro de alho nas mãos (alguém gosta?) basta esfregá-las com um bocadinho de café e passar por água e depois lavar normalmente para que não fique com o cheiro do café. Garanto que resulta mesmo!]
Juntar o manjericão picado, os tomates, o sal e a pimenta. Mexer e colocar em lume branco durante 20 minutos. Durante este tempo, ir esmagando os tomates com uma colher de pau. Se preferir no final pode triturar tudo para ficar com uma consistência mais homogénea (o Jamie não diz isto, mas foi o que eu fiz).
E já está. Depois é colocar sobre a base da pizza e rechea-la. Usei cogumelos brancos, bacon e queijo, porque é o que a pequenada aqui da casa mais gosta. E foi tudo mais ou menos assim:
Estava eu a dizer que as pizzas em São Paulo são para cima de espetaculares, desde a massa ao molho, passando pelos recheios que me deixam sempre na dúvida sobre o que escolher. Acabo sempre por pedir rúcula com tomate seco (o queijo vem sempre). Gosto das pizzas simples para poder saborear tudo o que têm.
Ontem, apesar de não ser sábado, era feriado, por isso, fiz pizza. Não é a primeira vez cá em casa, por vezes, o cunhado preferido faz no forno de lenha que ficam bem melhores. Mas foi a primeira vez que fiz um molho de tomate caseiro. Para a próxima aventuro-me na massa (uma coisa de cada vez que há uma tese para acabar). Escolhi a receita do Jamie Oliver porque ando rendida com o livro dele em Itália que comprei há uma semana por uma pechincha (adoro pechinchas!). Apetece-me experimentar tudo, mesmo tudo, o que vem naquele livro. Comecei pelo molho de tomate. Ficou tão bom que tenho de partilhar... até porque é sábado e é dia de pizza!
Ingredientes:
1 fio de azeite
1 alho picado (eu pus dois porque adoro alho)
1 mão cheia de manjericão (só as folhas)
1 lata (400 gr) de tomate pelado de boa qualidade (aconselho da marca "guloso")
flor de sal
pimenta preta acabada de moer
E agora?
Muito simples.
Juntar o azeite com o alho bem picado. Ir mexendo até ficar com uma cor dourada (e não queimada).
[para quem não gosta de ficar com o cheiro de alho nas mãos (alguém gosta?) basta esfregá-las com um bocadinho de café e passar por água e depois lavar normalmente para que não fique com o cheiro do café. Garanto que resulta mesmo!]
Juntar o manjericão picado, os tomates, o sal e a pimenta. Mexer e colocar em lume branco durante 20 minutos. Durante este tempo, ir esmagando os tomates com uma colher de pau. Se preferir no final pode triturar tudo para ficar com uma consistência mais homogénea (o Jamie não diz isto, mas foi o que eu fiz).
E já está. Depois é colocar sobre a base da pizza e rechea-la. Usei cogumelos brancos, bacon e queijo, porque é o que a pequenada aqui da casa mais gosta. E foi tudo mais ou menos assim:
Não sobrou nadinha.
O molho pode também ser usado em receitas de massas.
Eu, viciada em manjericão (e outras ervas aromáticas), me confesso.
O livro que me deixa a salivar ou não fosse eu uma apaixonada pela cozinha italiana.
19 abril, 2014
conversas da alma # 11
Ontem percebi que isto de andar sem avental (também conhecido como cozinhar) - do gosto pelos sabores fortes, novos e intensos, do gosto pelas louças tradicionais e clássicas, da vontade de procurar e experimentar receitas novas - ultrapassou todos os limites. Tive um momento, simples de emoção completa, que fez perceber que gosto mais de andar sem avental do que pensava.
Estava à procura da receita de um pudim de laranja que a minha mãe tinha feito há muitos anos. A pequena da casa gosta de pudim por mim e por ela. Procurava a receita no meio de muitas outras de que já nem me lembrava: bolo de chocolate, baba de camelo, gelado de queijo. E nada de pudim. Continuei a vasculhar - teimosia misturada com persistência - e até que encontro isto:
Uma revista de culinária de Outubro de 1989 - o mês em que eu fiz cinco anos. Custou cento e vinte escudos e tem as páginas amarelas como marca dos seus 25 anos. Sobreviveu a uma mudança de casa, acontecimento quase impossível com a minha mãe que, ao contrário de mim, tem aversão a tralha. Agora vou guardá-la como pérola que é, por me ter feito perceber o quanto eu gosto de andar sem avental.
Estava à procura da receita de um pudim de laranja que a minha mãe tinha feito há muitos anos. A pequena da casa gosta de pudim por mim e por ela. Procurava a receita no meio de muitas outras de que já nem me lembrava: bolo de chocolate, baba de camelo, gelado de queijo. E nada de pudim. Continuei a vasculhar - teimosia misturada com persistência - e até que encontro isto:
Uma revista de culinária de Outubro de 1989 - o mês em que eu fiz cinco anos. Custou cento e vinte escudos e tem as páginas amarelas como marca dos seus 25 anos. Sobreviveu a uma mudança de casa, acontecimento quase impossível com a minha mãe que, ao contrário de mim, tem aversão a tralha. Agora vou guardá-la como pérola que é, por me ter feito perceber o quanto eu gosto de andar sem avental.
16 abril, 2014
com orgulho muito seu
Tenho andado muito caladinha sobre o assunto "Benfica" - não vá o diabo tecê-las de tanto festejar a cada jogo que passa. A época passada deixou-me marcas. Mas hoje não consigo. Hoje temos de falar do Benfica. Gritar "com orgulho muito seu". B-E-N-F-I-C-A.
14 abril, 2014
sem avental : bolo de natas e limão
Porque foram muitos os pedidos para partilhar a receita deste bolo.
Vi esta receita há imenso tempo num livro e ficou guardada para um dia fazer. Fiz na semana passada e praticamente foi sugado por todos. É um bolo muito simples, mas para mim são os melhores.
200 gr. de natas
250 gr de açúcar (como não gosto de coisas doces eu reduzo esta quantidade para 200gr)
150 gr. de farinha (de preferência farinha fina)
1 colher de chá de fermento
3 ovos (e não há nada como usar ovos caseiros para ficarem com aquela cor maravilhosa)
raspa de limão (eu coloquei de um limão inteiro mas a receita orginal diz q.b.)
sumo de meio limão (foi aqui que inovei na receita, mas a acidez do limão ficou ótima)
[dica: ao raspar o limão evitar a parte branca que é amarga; apenas o chamado vidrado - que é a parte amarela - a que interessa]
* Forno pré-aquecido a 180º
* Untar a forma: eu gosto das formas clássicas como esta que usei, mas pode ser usada qualquer uma
* Juntar as natas com o açúcar e mexer
* Adicionar a raspa e o sumo de limão e voltar a mexer
* Colocar os ovos um a um
* Mexer tudo muito bem e adicionar a farinha e o fermento, envolvendo (sem bater muito)
* 30 minutos no forno (é importante não deixar cozer demasiado, caso contrário fica seco)
* Retirar do forno e esperar 10 minutos antes de desenformar
Na receita original diz para polvilhar com açúcar em pó (prometem que fica delicioso) mas, como disse, não sou dada a coisas doces e saltei esta parte. Até porque a cor do bolo ficou tão bonita, não ficou?
Uma nota importante para as amigas do Brasil que me pediram a receita: quando falo em limão é o vosso limão persa e não o vosso limão com que se fazem as caipirinhas - para nós, em Portugal, isso é lima. E o quanto adoro estas diferenças entre a nossa língua!
Vi esta receita há imenso tempo num livro e ficou guardada para um dia fazer. Fiz na semana passada e praticamente foi sugado por todos. É um bolo muito simples, mas para mim são os melhores.
200 gr. de natas
250 gr de açúcar (como não gosto de coisas doces eu reduzo esta quantidade para 200gr)
150 gr. de farinha (de preferência farinha fina)
1 colher de chá de fermento
3 ovos (e não há nada como usar ovos caseiros para ficarem com aquela cor maravilhosa)
raspa de limão (eu coloquei de um limão inteiro mas a receita orginal diz q.b.)
sumo de meio limão (foi aqui que inovei na receita, mas a acidez do limão ficou ótima)
[dica: ao raspar o limão evitar a parte branca que é amarga; apenas o chamado vidrado - que é a parte amarela - a que interessa]
* Forno pré-aquecido a 180º
* Untar a forma: eu gosto das formas clássicas como esta que usei, mas pode ser usada qualquer uma
* Juntar as natas com o açúcar e mexer
* Adicionar a raspa e o sumo de limão e voltar a mexer
* Colocar os ovos um a um
* Mexer tudo muito bem e adicionar a farinha e o fermento, envolvendo (sem bater muito)
* 30 minutos no forno (é importante não deixar cozer demasiado, caso contrário fica seco)
* Retirar do forno e esperar 10 minutos antes de desenformar
E aqui está!
Na receita original diz para polvilhar com açúcar em pó (prometem que fica delicioso) mas, como disse, não sou dada a coisas doces e saltei esta parte. Até porque a cor do bolo ficou tão bonita, não ficou?
Uma nota importante para as amigas do Brasil que me pediram a receita: quando falo em limão é o vosso limão persa e não o vosso limão com que se fazem as caipirinhas - para nós, em Portugal, isso é lima. E o quanto adoro estas diferenças entre a nossa língua!
13 abril, 2014
sem avental : salada com quinoa
Sendo o meu pecado os hidratos de carbono (pão, massa, arroz - adoro tudo!) comecei a experimentar outras coisas que me distraíssem do pecado. A quinoa foi a eleita. Confesso que estou meia viciada. Há imensas, imensas receitas com quinoa. Na verdade, o segredo está em cozinhar bem a quinoa; para o resto basta usar a imaginação e ir ao encontro do paladar de cada um.
Esta salada de quinoa enche-me as medidas. Mas primeiro, como fazer a quinoa, perguntam vocês?
Já não me lembro onde vi a fórmula para cozinhar a quinoa na perfeição (sinceramente não me lembro se foi num blogue ou num livro, porque sigo muitos blogues de culinária e, confesso que também tenho livros sobre o assunto). Anyway... Aqui fica:
A quinoa deve ser muito bem lavada, em água fria, antes de ser cozinha. Por isso, coloque a quantidade desejada numa bacia (aqui está uma palavra que não me anima, mas não me estou a lembrar de outra) e mexa com a mão sobre a água fria, de modo a retirar a camada que a torna mole quando cozinhada (saponina). Escorra e reserve.
Um tacho com um fio de azeite e junte a quinoa. Deixe cozinhar e mexa até a água evaporar (1 minuto). Adicione duas chávenas de água (para uma chávena de quinoa) e deixe ferver. Juntar sal (eu prefiro flor de sal). Quando começar a ferver, diminua o lume e deixe por mais 5 minutos, até a quinoa repousar (com a tampa). No final, use um garfo para soltar a quinoa.
E agora para a salada basta juntar 3 colheres de quinoa, rúcula, tomate, cogumelos portobello grelhados e nozes. Temperar com azeite, creme de vinagre balsâmico e flor de sal. Bom que só, é o que vos digo!
Esta salada de quinoa enche-me as medidas. Mas primeiro, como fazer a quinoa, perguntam vocês?
Já não me lembro onde vi a fórmula para cozinhar a quinoa na perfeição (sinceramente não me lembro se foi num blogue ou num livro, porque sigo muitos blogues de culinária e, confesso que também tenho livros sobre o assunto). Anyway... Aqui fica:
A quinoa deve ser muito bem lavada, em água fria, antes de ser cozinha. Por isso, coloque a quantidade desejada numa bacia (aqui está uma palavra que não me anima, mas não me estou a lembrar de outra) e mexa com a mão sobre a água fria, de modo a retirar a camada que a torna mole quando cozinhada (saponina). Escorra e reserve.
Um tacho com um fio de azeite e junte a quinoa. Deixe cozinhar e mexa até a água evaporar (1 minuto). Adicione duas chávenas de água (para uma chávena de quinoa) e deixe ferver. Juntar sal (eu prefiro flor de sal). Quando começar a ferver, diminua o lume e deixe por mais 5 minutos, até a quinoa repousar (com a tampa). No final, use um garfo para soltar a quinoa.
E agora para a salada basta juntar 3 colheres de quinoa, rúcula, tomate, cogumelos portobello grelhados e nozes. Temperar com azeite, creme de vinagre balsâmico e flor de sal. Bom que só, é o que vos digo!
02 abril, 2014
este é o ano da música
Não leio um livro desde o final de 2013. O mais contraditório é que ando sempre rodeada deles, a ler páginas sem fim; mas aí são outras as "histórias". Adiante. A parte boa é que tenho consumido mais (ainda mais) música do que habitualmente. É o que me vai mantendo ativa e mergulhada no meu mundo, durante a escrita, mantendo a cadência entre o pensamento e os meus dedos. E este ano tem sido uma maravilha de descobertas e de álbuns a sair. E ainda estamos a começar o mês de Abril.
Tomem nota:
Dead Combo
Tenho os álbuns todos (até a banda desenhada eu tenho) e este mal saiu veio parar-me às mãos. Ouço-os sem atingir qualquer sintoma de exaustão. Tudo neles é diferente e este vídeo mostra-o muito bem. Adoro tudo.
The Legendary Tigerman
Ah, o que eu esperei por este regresso! Comprei o "Femina" e rodou no carro meses e meses. Ainda o vi ao vivo duas vezes e o Paulo Furtado é, decididamente, um artista. Desde então que nada... mas valeu a pena a espera. Oh se valeu!
Black Keys
Fiquei meia louca quando soube que iam lançar um novo álbum. A seguir aos Radiohead, são o grupo do meu coração. Gosto deles ao vivo e ouço-os todas as semanas. Talvez por isso a música nova ainda não me tenha convencido. É diferente dos álbuns anteriores (que também tenho todos), mas estou de coração aberto para ouvir o álbum completo a 13 de Maio.
Jack White
Soube ontem pela Pitchfork e, com o dia que estava a ter, acreditem que me animou os tímpanos. Também tenho os álbuns todos (e quando digo todos estou a referir-me também aos The White Stripes) e, portanto, estou pronta para um concerto. Mr. White, é favor de passar por estas bandas.
London Grammar
Voltaram mais cedo do que pensava... e ainda bem. Se este álbum for tão bom como "If you Wait" fico conquistada para todo o sempre.
Lykke Li
A avaliar pela amostra, este regresso promete. A Lykke Li está melhor do que nunca e eu adoro-a. O que eu gostava de a ver ao vivo... O álbum sai a 5 de Maio e mal posso esperar para ouvir todas as faixas bem alto, para sentir aquela música toda como um espasmo de viver.
...
[ainda deve haver mais, mas tenho de voltar à tese; acabou-se o recreio]
Tomem nota:
Dead Combo
Tenho os álbuns todos (até a banda desenhada eu tenho) e este mal saiu veio parar-me às mãos. Ouço-os sem atingir qualquer sintoma de exaustão. Tudo neles é diferente e este vídeo mostra-o muito bem. Adoro tudo.
The Legendary Tigerman
Ah, o que eu esperei por este regresso! Comprei o "Femina" e rodou no carro meses e meses. Ainda o vi ao vivo duas vezes e o Paulo Furtado é, decididamente, um artista. Desde então que nada... mas valeu a pena a espera. Oh se valeu!
Black Keys
Fiquei meia louca quando soube que iam lançar um novo álbum. A seguir aos Radiohead, são o grupo do meu coração. Gosto deles ao vivo e ouço-os todas as semanas. Talvez por isso a música nova ainda não me tenha convencido. É diferente dos álbuns anteriores (que também tenho todos), mas estou de coração aberto para ouvir o álbum completo a 13 de Maio.
Jack White
Soube ontem pela Pitchfork e, com o dia que estava a ter, acreditem que me animou os tímpanos. Também tenho os álbuns todos (e quando digo todos estou a referir-me também aos The White Stripes) e, portanto, estou pronta para um concerto. Mr. White, é favor de passar por estas bandas.
London Grammar
Voltaram mais cedo do que pensava... e ainda bem. Se este álbum for tão bom como "If you Wait" fico conquistada para todo o sempre.
Lykke Li
A avaliar pela amostra, este regresso promete. A Lykke Li está melhor do que nunca e eu adoro-a. O que eu gostava de a ver ao vivo... O álbum sai a 5 de Maio e mal posso esperar para ouvir todas as faixas bem alto, para sentir aquela música toda como um espasmo de viver.
...
[ainda deve haver mais, mas tenho de voltar à tese; acabou-se o recreio]
23 março, 2014
música da semana
É o que tenho ouvido nos últimos meses.
Esta semana deu-me assim para pensar que, quando fosse grande, quero fazer parte de uma banda de miúdas, mas tem de ser igual a esta, a inundar de pinta.
22 março, 2014
vem aí a tese # 7
Falta um mês e até fico sem ar só de pensar.
Dizem-me, muitas vezes, que está quase; mas isso é só no tempo, porque a palavra "muito" aplica-se para o que ainda tenho para escrever.
Escrever a tese é mais do que escrever. O complexo reside mesmo no processo de escrita. Cada pessoa tem o seu "processo". O meu é bem estruturado, demasiado até. Preciso de encontrar uma lógica, um fluxo, saber o que tenho de escrever, fazer uma lista de "bullets", pensar e pensar e pensar. Quando vejo o capítulo em mim (eu sei que isto soa estranho, quase místico, mas é mesmo assim que funciono), desato a escrever e posso preencher horas de caracteres sem me aperceber que sinto fome, que o telefone toca, que, basicamente, mundo está a mexer-se lá fora. E enquanto escrevo, com auriculares enfiados nos ouvidos com música diamoníaca (quase a mesma que uso para correr), penso na defesa e em quem pode vir a ler aquilo e aí entra o condicional: se vão perguntar sobre isto, se está suficientemente claro, se reforcei a mensagem que quero passar... por isso é que é que escrever a tese é mais do que escrever.
Falta um mês.
Dizem-me, muitas vezes, que está quase; mas isso é só no tempo, porque a palavra "muito" aplica-se para o que ainda tenho para escrever.
Escrever a tese é mais do que escrever. O complexo reside mesmo no processo de escrita. Cada pessoa tem o seu "processo". O meu é bem estruturado, demasiado até. Preciso de encontrar uma lógica, um fluxo, saber o que tenho de escrever, fazer uma lista de "bullets", pensar e pensar e pensar. Quando vejo o capítulo em mim (eu sei que isto soa estranho, quase místico, mas é mesmo assim que funciono), desato a escrever e posso preencher horas de caracteres sem me aperceber que sinto fome, que o telefone toca, que, basicamente, mundo está a mexer-se lá fora. E enquanto escrevo, com auriculares enfiados nos ouvidos com música diamoníaca (quase a mesma que uso para correr), penso na defesa e em quem pode vir a ler aquilo e aí entra o condicional: se vão perguntar sobre isto, se está suficientemente claro, se reforcei a mensagem que quero passar... por isso é que é que escrever a tese é mais do que escrever.
Falta um mês.
Subscrever:
Mensagens (Atom)